Mãe de um ladrão queima quadros famosos como “Picasso, Matisse e Monet”


Sete quadros de artistas como Picasso, Matisse e Monet, roubados de um museu holandês em 2012, terão sido queimados na Roménia pela mãe de um dos três presumíveis ladrões.

Olga Dogaru, mãe de um dos autores do furto, Radu, declarou aos investigadores que, após enterrar as obras no jardim de uma casa abandonada no leste da Romênia e depois em um cemitério, resolveu queimá-las em sua casa para proteger o filho.

O quadro 'Waterloo Bridge, London', de Claude Monet, seria um dos queimados por mãe de ladrão romeno Polícia de Roterdã / AP Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/mae-de-ladrao-afirma-ter-queimado-quadros-de-monet-picasso-9061721#ixzz2ZhKRPkjX © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
O quadro ‘Waterloo Bridge, London’, de Claude Monet, seria um dos queimados por mãe de ladrão romeno Polícia de Roterdã / AP

A mulher disse às autoridades policiais que teve receio que o filho viesse a ser incriminado pelo roubo, quando foi capturado em Janeiro último. Então, nessa ocasião, decidiu enterrar as telas no jardim de uma casa abandonada e, mais tarde, levou-as para o cemitério da aldeia de Caracliu. Em Fevereiro, quando a polícia começou a procurar as telas naquela localidade, a mulher decidiu desenterrá-las e queimá-las. “Primeiro acendi o fogo na lareira. Depois, fui ao cemitério buscar os quadros e levei-os para casa. Meti a bolsa onde estavam as sete pinturas na lareira. Juntei madeira, sapatos e botas de borracha e esperei que tudo ficasse queimado”, revelou Olga Dogaru. Segundo disse às autoridades, o seu objectivo foi queimar as provas para que o filho não fosse condenado.

Técnicos do Museu de História Natural da Romênia estão examinando as cinzas para comprovar a informação. Foram encontrados restos de tela e tinta.

Gabriela Chiru, porta-voz da procuradoria, disse que os testes podem levar meses para ter seus resultados conhecidos. Os seis romenos devem ser julgados a partir de 13 de agosto. Na madrugada de 16 de outubro de 2012, eles levaram menos de 90 minutos para levar as sete telas: “Cabeça de arlequim”, de Pablo Picasso (1971); “A ponte de Waterloo, Londres”, de Claude Monet (1901); “A ponte de Charin Cross”, de Claude Monet (1901); “Leitora em branco e amarelo”, de Henri Matisse (1919); “Autorretrato”, de Meyer de Haan (em torno 1889-1891); “Mulher diante de uma janela aberta”, de Paul Gauguin (1888); e “Mulher com os olhos fechados”, de Lucien Freud (2002). Estima-se que o valor das obras esteja entre US$ 130 milhões e US$ 261 milhões. Veja em baixo a reprodução dos quadros roubados e possivelmente queimados:

“Mulher diante de uma janela aberta”, de Paul Gauguin (1888)
“Mulher diante de uma janela aberta”, de Paul Gauguin (1888), reprodução Policia de Roterdã.
“Cabeça de arlequim”, de Pablo Picasso (1971)
“Cabeça de arlequim”, de Pablo Picasso (1971), reprodução Policia de Roterdã.

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“Mulher com os olhos fechados”, de Lucien Freud (2002).
“Mulher com os olhos fechados”, de Lucien Freud (2002), reprodução Policia de Roterdã.

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