Série ‘Supermax’ conta com o melhor da fotografia, som e efeitos especiais


O trabalho tem sido reconhecido pelos telespectadores, que não ficam indiferentes à série de suspense e têm partilhado reacções de surpresa e espanto nas redes sociais com o desenrolar da trama. ‘Supermax’, série de suspense exibida no canal Globo às terças-feiras, ao final da noite na Globo, canal 10 da ZAP, conta a história de 12 pessoas que se propuseram a competir num reality show, semelhante ao famoso Big Brother, situado numa prisão desactivada.

Sabrina ( Cléo Pires ), Sérgio ( Erom Cordeiro ), Bruna ( Mariana Ximenes ) e Diana ( Fabiana Gugli )

Depois do primeiro dia hospedados no local, os participantes percebem que algo de muito errado aconteceu e que se encontram fechados na sinistra prisão, sem qualquer contacto com a produção ou com o exterior. A partir daí, situações estranhas começam a acontecer e a participação transforma-se numa verdadeira luta pela sobrevivência.

E para gerar interesse, expectativa e suspense nos telespectadores, que acompanham o desenrolar da história, foi essencial um trabalho feito ao nível da cenografia, figurino, caracterização, sonografia e efeitos especiais com o que há de melhor na dramaturgia.

Erguida nos Estúdios Globo, a prisão de segurança máxima conta com três andares, ocupa 800 m2 e é toda electrónica. Com doze celas independentes e de portas automáticas, era essencial o espaço ser real e, por isso mesmo, o edifício foi construído numa tenda de onze metros de altura e sem quaisquer janelas, para complementar a desorientação que deveria ser sentida pelos participantes.

Já o figurino e caracterização, apesar de simples (houve praticamente apenas um figurino único para todo o elenco: o uniforme de prisioneiro), não tornou o trabalho da equipa de figurinistas uma tarefa fácil. Foi realizada uma ampla pesquisa em prisões nacionais e internacionais e, com a ajuda da equipa de cenografia, luz e maquilhagem, foi encontrado um tom de azul certo para o uniforme.

Sabrina (Cleo Pires) e José Augusto (Ademir Emboava)

Como ao longo da série há o desgaste natural das peças, houve ainda muito tratamento com os aderecistas e maquilhagem, para a criação de poeira, sujeira e até sangue falso. As personagens são ainda desprovidas de acessórios e de qualquer vaidade. Elas chegam bonitas, penteadas e bem vestidas, mas rapidamente são obrigadas a desapegarem-se de tudo isso, depois de passado o evento de estreia do reality.

Para a degradação física e psicológica dos participantes, foi essencial a parceria com a equipa de efeitos especiais, para criarem elementos como próteses dentárias, globos oculares e lentes coloridas. Contudo, não foi só para isso que esta equipa serviu e, munindo-se das mais inovadoras técnicas de efeitos visuais e computação gráfica, ficou garantida a imersão do público nas cenas de suspense e drama da forma mais real possível. Para tal, utilizou-se a técnica de motion capture, o 3D, e processos de matte painting e de composição, para se multiplicar digitalmente os figurantes em cena.

Bruna ( Mariana Ximenes ) vai com o grupo explorar os túneis do presídio atrás de uma saída

Tudo isto foi complementado pelo trabalho de gravação que, em conjunto com imagem, som e fotografia, fizeram toda a diferença. Foram colocadas câmaras vindas do Big Brother Brasil, operadas por técnicos especializados de forma a conferir ainda mais veracidade ao reality fictício. Além disso, o director geral José Alvarenga Jr. “importou” o francês Eric Catelan, especializado em steadicam e com experiência ao nível de grandes produções de cinema internacional, e ainda o director de fotografia André Faccioli para criar a atmosfera ideal do espaço. O minucioso trabalho de sonorização também merece destaque, por ser essencial para todo este universo de suspense.

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