Repórter Pedro Paxi vence prémio de “Melhor Jornalismo em Língua Portuguesa” do CNN


O repórter e apresentador angolano Pedro Paxi Periera Ndoma venceu na noite deste sábado (10), o troféu de “Melhor Jornalismo em Língua Portuguesa”  dos prémios CNN MultiChoice African Awards de 2015, numa gala que  teve lugar em Nairobi, capital do Quénia, reunindo jornalistas e convidados de todo o continente e contando com a presença do Presidente queniano, Uhuru Kenyatta.

Numa cerimónia planeada ao mínimo pormenor e transmitida em directo pela cadeia de televisão norte-americana CNN para todo o mundo, os trabalhos seleccionados foram apresentados um a um perante uma audiência que enchia o Centro Internacional de Convenções Kenyatta.

A reportagem de Pedro Paxi Pereira Ndoma sobre a erupção vulcânica na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, em 2014, deixando um rasto de destruição e obrigando à deslocação de 1.500 pessoas, algumas delas entrevistadas pelo jornalista da TV Zimbo, recebeu a distinção atribuída ao melhor trabalho de televisão no âmbito dos Prémios Africanos de Jornalismo na categoria ‘língua portuguesa’.

Pedro Paxi dedicou o prémio à Nação angolana, à juventude angolana e à sua mãe, ‘que sempre lutou, e que, para me dar formação, teve de vender fuba de bombó no Mercado dos Kwanzas’.

Também outra jornalista africana de língua portuguesa foi premiada no ‘suporte’ imprensa. Trata-se de Carla Gonçalves, que escreve no jornal cabo-verdiano A Nação e que viu reconhecido pelo júri o seu trabalho sobre a degradação do memorial a Amílcar Cabral, fundador do PAIGC, partido que esteve na origem da libertação de Cabo Verde e Guiné-Bissau do domínio colonial português. A estátua encontra-se vandalizada e num estado deplorável, as paredes cobertas de graffiti e, não obstante o seu significado, nem as autoridades nem a comunidade tomaram qualquer atitude no sentido de devolver dignidade ao monumento.

O grande vencedor desta 20ª edição dos Prémios Africanos de Jornalismo foi Hyacinthe Boowurosigué Sanou, do Burkina Faso, que publicou em L’ Observateur Paalga, um texto intitulado ‘Quarto 143′. Sanou, instalou-se, em Outubro de 2014, no quarto 143 do hotel onde membros do parlamento do Burkina Faso tentavam obter apoio para estender o mandato do Presidente Blaise Campaore, que acabou por ser afastado do poder e abandonar o país.

AR/Opais

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