O renomado músico Paulo Flores, autor, compositor e intérprete, é uma das principais referências na música de Angola e um defensor incansável do semba. O cantor ira realizar um espectáculo para comemorar os seus 25 anos de carreira pontuados por mais de uma quinzena de discos no Centro Cultural de Belém em Lisboa, no próximo dia 29 de Abril, segundo deu a conhecer o VerAngola.
A voz de Paulo Flores, doce e quente, vibrante e grave, inspira-se na tradição urbana de Luanda e conta-nos histórias de ontem, de hoje e de amanhã.
Aos 16 anos grava na Rádio de Luanda “Kapuete Kamundanda” (1988), onde o tema “Cherry” protagoniza um novo género musical, a kizomba (que significa Festa em kimbundu), fusão de ritmos do zouk das Antilhas com elementos do Congo e de Angola, com grande predominância de teclados electrónicos. Paulo Flores aparece assim, juntamente com Eduardo Paim, na primeira linha deste movimento crucial da música de dança africana (lusófona) de cariz urbano, popularizada em Portugal nos anos 80, a kizomba. Paulo Flores explora o olhar crítico da geração que cresceu depois da independência e reflecte o sentimento de revolta face à destruição que assiste no seu país. Encontra as palavras certas para falar da extraordinária capacidade de resistência do povo angolano, da sua energia e da sua vitalidade, expressos na sua música e na sua dança. A kizomba dominou a produção musical do espaço lusófono até metade dos anos 90, e domina ainda, até hoje, o imaginário dos amantes das “Áfricas”! Em Lisboa, o género impõe-se rapidamente no mercado africano (discos e discotecas). Os álbuns “Sassasa” (1990), “Coração Farrapo” (1991) e “Thunda Mu N’jilla” (1992) são os principais sucessos que fazem de Paulo Flores um ícone da música de Angola em Portugal. Veja aqui a biografica completa do artista.