Ele já foi italiano, grego, coronel, indiano, mocinho, vilão… Para cada personagem, um estilo e até uma linguagem diferentes, sempre arrasa em cena. A comemorar 50 anos de carreira, Tony Ramos voltou ao horário nobre para surpreender o público mais uma vez. Em entrevista exclusiva ao AngoRussia, Tony contou detalhes do seu mais novo personagem (Zé Maria) na novela “A Regra do Jogo”, exibida de segunda a sábado na Globo canal 10 da Zap.
AngoRussia: Com cinquenta e um anos de carreira ainda é emocionante receber um novo personagem?
Tony Ramos: Nesta profissão o mais importante é nunca parar de estudar. Até hoje eu continuo a fazer workshops de representação. Vou a Nova York ou vou à Itália, como fui em Março passado. Estudar é o meu lema e é o que sempre passo para os mais novos. E também que se respeitem e respeitem o público. Eu faço todos os meus personagens com muito orgulho e verdade.
AR: Já conhece bem o José Maria, seu personagem em ‘A Regra do Jogo’?
T.R: Já. Eu sei muito bem quem ele é, um homem que teve uma oficina mecânica, foi electricista, encantador e que de repente é colhido por uma acusação muito grave. A partir daí ele se torna um personagem misterioso tentando provar a sua inocência por um crime que ele jura que não cometeu.
AR: Quais são as ‘”regras do jogo” do Zé Maria?
T.R: As “regras desse jogo” por enquanto só o João Emanuel Carneiro (autor) sabe. O que eu sei é que, a partir dessa acusação, ele se torna um fugitivo da polícia e também do que ele chama de ‘Eles’, plural. Quem são “eles”? Ninguém, além do João Emanuel Carneiro, sabe.
AR: O Zé Maria está sozinho nessa fuga, ou há mais quem acredite na sua inocência?
T.R: Ele tem o apoio do filho que é interpretado pelo Cauã Reymond (Juliano), e da companheira que é a Cássia Kis (Djanira). Tem também o apoio da Adis Abeba (escreve tudo junto) (Susana Vieira) e de muita gente da comunidade.
AR: O que ‘A Regra do Jogo’ vai trazer para o público?
T.R: Os espectadores vão ter muita diversão com essa novela policial cheia de mistérios. Há um reencontro de velhos amigos e companheiros nesse elenco. A novela está muito bem escrita pelo João Emanuel Carneiro, a Amora Mautner é uma directora rápida, interessante, muito bem informada. Tenho certeza que o público vai ficar muito feliz assistindo à essa bela novela.
Descrito na sinopse como uma homem para o qual “se tem duas versões”, ele é considerado, para uns, um foragido da polícia, acusado de ter participado de uma chacinha em Seropédica. Para outros, porém, Zé é uma pessoa de bem, que foi usada como bode expiatório.
