Carmen Mouro exigiu que escola de samba fizesse uma homenagem a Angola


A empresária angolana fundadora do Grupo “Spazio Di Belle” que recebeu este ano o convite para ser rainha de bateria da escola de samba brasileira “Pérola Negra”, Carmen Mouro só aceitou o convite com a condição de que escola de São Paulo fizesse uma homenagem ao seu país. Carmen exigiu “que a escola tivesse um carro alegórico em homenagem a Angola” e a direcção da agremiaçãoa aceitou a “exigência”. 

“A melhor parte de tudo isso é o carro alegórico em homenagem à nossa identidade, teremos várias palancas negras a representar um dos ícones angolanos e isso foi uma exigência minha. Eu estarei a representar-nos com muito orgulho”, afirmou Carmen Mouro em declarações ao portal Sapo.

O carro em homenagem a Angola combina com uma parte do enredo. Intitulado “Do Canindé ao samba no pé, a Vila Madalena nos passos do balé”, a escola vai homenagear a dança, onde vai falar, entre outros temas, “dos negros que se refugiaram nessa ‘vila dos farrapos’. Ao fugir da escravidão, encontraram na música e na dança o consolo à crueldade dos castigos que tentavam esquecer.” A Pérola Negra lembra os negros escravizados angolanos que chegaram ao Brasil.

A empresária é a primeira angolana a ser convidada para rainha de bateria daquela escola. “Eu vivi muitos anos no Brasil, estava sempre em festas de Carnaval fora de época e sempre tive o samba no pé, digo por mim e pelo que ouvia de mim. O sambódromo é a minha alma e eu sempre gostei daquilo, é muito emocionante”, declarou.

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