Dois anos depois, a cantora Ary voltou a vencer o Top dos Mais Queridos edição 2016, decorrido na provincia de Cuanza Norte, ao conquistar 8.940 dos votos, com a música ‘Pápa Fugiu’.
Em segundo lugar ficou o grupo ‘Elenco da Paz’ com 5.484 dos votos, seguido de Cef com 4.912 dos votos.
Ary é actualmente a cantora com mais participações no concurso organizado pela Rádio Nacional de Angola com o total de 10 participações todas elas consecutivas.
Ao todo foram contabilizados 26 mil e 10 votos sendo a faixa etária dos 15 aos 26 anos os maiores votantes.
A cantora mais querida do ano recebeu um prémio no valor de um milhão de kwanzas e um diploma de mérito pela sua participação em todas as edições do Top dos Mais Queridos dos últimos 10 anos, enquanto para o segundo lugar coube a quantia de 800 mil kwanzas, e 700 mil kwanzas para o terceiro.
A vencedora do Top mostrou-se surpresa com a escolha dos ouvintes, afirmando que em momento algum lhe ocorreu que seria a vencedora do concurso, pois, mostrou-se favorável a música de Bangão, que concorreu a título póstumo, interpretado pelo jovem Bangãozinho, que tinha o malogrado cantor como ídolo.
Apesar da surpresa sentiu-se satisfeita e disse que vai continuar a trabalhar para mais conquistas no “music hall angolano”, e não só.
Atribuiu esta conquista ao aturado trabalho e a sua mãe que a tem apoiada nesta caminhada artística.
Disputaram o galardão 10 finalistas, nomeadamente o grupo Zona 5, com o tema “Estragar tudo”, Eddy Tussa (com a música “Pequenina”), Kristo (“Meu bairro”), Cef (“Atrofiar”), Elenco da Paz (“Arroz com feijão”), Ary (“Papá fugiu”), Milson (“Teu feitiço”), Bass (“Sem norte”), Mago de Sousa (“Carolina”) e Bangão “(Kalumba Seleta”).
O espectáculo realizado no Cine Ndalatando foi prestigiado pelo ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, acompanhado do governador do Cuanza Norte, José Maria Ferraz dos Santos.
O concurso é promovido pela RNA, desde 1982, tendo registado um interregno de oito anos (1992 a 2000) devido ao recrudescimento do conflito armado pós-eleitoral, que terminou em 2002 com a assinatura dos Acordos de Paz, a 4 de Abril.