O músico angolano Adi Cudz aproveitou a sua estádia no Rio de Janeiro, Brasil, para fazer um ensaio “quente” em campanha contra o racismo com a brasileira “Globeleza do Povo”, Nayara Justino para a revista Quem Acontece da Globo.
Nayara Justino, a “Globeleza do Povo, viu o cantor angolano como “o par perfeito” para participar na sua campanha contra o racismo. A ex-Globeleza alega ter sido vítima de racismo na imprensa e em comentários de pessoas em suas matérias na mídia. Por isso, no passado mês de Novembro a modelo convidou Adi Cudz um dos homens mais sexy de África para participar no seu ensaio para a revista brasileira “Quem Acontece” da Globo.
Questionada pela revista se também sofreu atos de racismo em seu dia dia, ela alega ter sofrido por toda sua vida, pedimos então para ela nos contasse 3 desses atos:
“Pessoas me chamaram de macaco, quando entro nas lojas as pessoas não me atendem, quando meu marido chega, ele branco, as pessoas correm para atende-lo, logo ele diz que está comigo. Em toda infância sofri com piadas relacionadas a meu cabelo”, disse Nayara.
A mesma pergunta foi feita a Adi Cudz, que conta que viveu toda sua infância em Lisboa, Portugal, país onde estudou e viveu parte de sua vida, e que ficou impressionado com o racismo no Brasil, nesses dez dias que passou no Rio de Janeiro ele contou alguns casos e a revista enumerou três deles assim como fez com a Nayara.
“Quando fui apanhar taxi, vi o rapaz abrir a porta para as pessoas entrarem no carro, ele não fez o mesmo comigo. No restaurante na Barra da Tijuca, fiquei em pé na porta e ninguém me atendeu, pessoas chegaram depois de mim e foram atendidas. Tive que ir a recepção pedir atendimento. Sem contar que quando chego no hotel não seguram minhas malas, não me atenderam como atendem a outras pessoas. Jamais sofri isso em Portugal”, disse Adi Cudz.
Adi concluiu que acha estranho um país como Brasil que dizem ter a metade da população negra passar por isso, ele ficou a saber dos atos de racismo sofrido pela ex-Globeleza, muito conhecida em seu país, logo aceitou a proposta da agencia MF Models, que ambos fazem parte, de fazer uma foto para a campanha que Nayara defende contra o racismo.
“Quando ficam a saber quem eu sou, ou quando pago uma conta em uma boate com valores que poucos pagariam, aí o tratamento muda.” finaliza Adi Cudz
