O irreverente cantor angolano, Scro Q Kuia, contou em entrevista exclusiva ao AngoRussia como foi o duro início da sua carreira, revelou um lado desconhecido pelo público e disse como se sente com o facto da sua música ter se tornado num sucesso internacional.
Scro começou disse inicialmente que começou a cantar por impulsionamento de seu amigo e colega de profissão Elástico Nandako, e que o talento pela dança herdou da mãe que foi uma grande dançarina da Lunda Norte. O artista disse também que teve um duro início de carreira marcado por maus tratos e humilhações, mas que felizmente teve coragem e força de vontade para continuar a trabalhar, lutou, criou a sua marca e conseguiu chegar onde está actualmente.
“Tive um início de carreira muito difícil, lembro-me que quando comecei fui muito humilhado, chamavam-me de maluco, mas agora sou protagonista de um sucesso internacional, criei uma marca só minha, lutei e registei a minha marca facilmente identificada pela minha indumentária e pela forma única de dançar”.
No que toca ao facto de algumas pessoas considerarem suas músicas e toques impróprios para crianças e consequentemente um mau exemplo, o cantor foi claro em dizer: ” É mentira quando dizem que as minhas músicas e toques são exemplos maus para as crianças, aqui em Angola é mesmo assim atiram-te pedras, chamam-te nomes e muito mais. Cá, se queres fazer ou seguir alguma coisa tem que se ter coragem e força de vontade porque na ausência dessas duas coisas não vais a lado algum, pois as pessoas fazem de tudo para te desanimar e te fazer desistir”.
Questionado sobre outras ocupações e sobre a sua formação académica, Scro Q Kuia disse de forma reveladora: “Sou técnico médio de análises clínicas, e trabalhei mesmo num laboratório, mas no momento estou focado para a carreira artística”.
Quanto ao sucesso que suas músicas têm feito além fronteiras, o mesmo disse que fica feliz pelo reconhecimento que os estrangeiros têm mostrado, e que receber vídeos de pessoas a dançarem as suas músicas, vindos de diferentes partes do mundo faz-lhe crer que realmente está a trabalhar.