O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira, 21 de Março, que está disposto a discutir um acordo de não persistir que seu país adira à NATO em troca do fim da guerra.
O dirigente começou por dizer que o compromisso que pretende firmar vem a ser bom para todos, mas em contra partida exigiu a retirada das tropas russas do território ucraniano, a garantia de segurança para o país e cessar-fogo.
“É um compromisso para todos: para o ocidente, que não sabe o que fazer connosco em relação à NATO, para a Ucrânia, que quer garantias de segurança, e para a Rússia, que não quer a expansão da NATO”, disse o chefe de estado.
Segundo a ”Associated Press”, o presidente solicitou mais uma vez um encontro com homólogo russo Vladimir Putin, e justificou que sem uma reunião, será impossível determinar se a Rússia tem intenções de colocar um ponto final na guerra.
Zelensky adiantou ainda que Kiev está preparada para discutir o estatuto da Crimeia e da região de Donbass, tomada por separatistas pró-Rússia, após garantias de segurança.
O chefe de estado chegou a reconhecer, no dia 15 dos mês em curso, que a Ucrânia não poderá integrar a NATO, uma das exigências da Rússia para terminar a guerra.
“Ouvimos durante anos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos dizer que não podíamos aderir. Esta é a verdade e temos de a reconhecer”, disse, na altura.
Importa recordar que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar contra Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, o que provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU).
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