Tripulantes da TAAG desmentem informações da administração e consideram a manifestação um direito


Após a administração da TAAG divulgar um comunicado onde acusa o Sindicato Provincial do Pessoal Navegante de Cabine de ‘deturpação de dados e comportamento desleal’, os tripulantes da companhia aérea denunciaram nesta Terça-feira (28), à agência Lusa, ‘incumprimentos’ ao acordo assinado com o corpo directivo da empresa, garantindo que privilegiaram o diálogo e apenas saíram à rua devido ao ‘silêncio’, tendo considerado a manifestação como um direito constitucional.

Foto: Reprodução Lusa

Num comunicado enviado à Lusa, a Sinpropcn afirma que após as “sucessivas violações” do acordo colectivo de trabalho assinado em novembro de 2022 com a administração da TAAG, manifestou descontentamento, verificando do lado dos gestores um “silêncio ensurdecedor” e afirma ter enviado e-mails e cartas aos membros de tutela “privilegiando o diálogo como mecanismos de resolução” e ressalta atropelos e incumprimentos ao memorando de entendimento assinados entre as partes.

Em causa estão a falta de pagamento e controlo das ajudas de custo, descansos mínimos, insatisfação face à nova metodologia de recolha dos transportes, falta de condições no aeroporto, etc.

Refere o comunicado, que após ter anunciado a intenção de sair às ruas de forma pacífica e ordeira, no dia 24 de janeiro de 2023 foi convocado para uma reunião, em que foram apresentadas propostas para resolver o pagamento das ajudas de custo que, no entanto, não foram efetivadas.

Além disso, “desmente categoricamente” que tenham assinado com a TAAG um compromisso de manutenção da paz social durante o qual não iriam conduzir greves ou manifestações.

“Houve de facto a assinatura de um memorando de entendimento entre as partes, todavia o mesmo não proíbe a classe de se manifestar”, sublinham os sindicalistas.

Acusam ainda a administração de apenas reunir com o Sindicato perante este tipo de pressões e dizem que a direção do Sindicato vai “continuar a lutar pelos interesses da classe”. Por outro lado, dizem que há mais de oito anos que a TAAG não atribui uniformes, sendo estes custeados a expensas dos tripulantes.


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