Recorde-se dos casos de violência doméstica que terminaram em morte das vítimas


Ao longo deste ano registaram-se vários casos de violência doméstica, com destaques para os que resultaram em mortes e para aqueles que levaram os autores à justiça. Nesta quinta-feira, data em que assinala-se o dia internacional para a eliminação da violência o AngoRussia separou alguns factos que marcaram a sociedade e em particular os seus leitores.

Apesar de diversos profissionais, desde figuras públicas e anónimas abordarem assuntos relacionados a violência doméstica especialmente na redes sociais e em alguns casos oferecerem alternativas de solução, esta tem sido uma problemática que surge na sociedade sempre de um modo novo e ninguém consegue evitá-la por completo.

Dentre os casos que mais repercutiram nas mídias sociais e terminam em morte destaca-se um evento que deu-se na província de Malanje, no último Domingo dia 21 de Novembro, onde um cidadão identificado por Chico, espancou a sua namorada até a morte.

De acordo com o filho da vítima que acompanhou o episódio, a mãe encontrava-se na casa de uma vizinha amiga supostamente a conviver, o que originou um provável  desentendimento entre o casal, tendo Chico a obrigado a retornar a sua residência, onde supostamente começou a espancá-la no quarto.

Um outro caso, aconteceu no bairro do Camama, Luanda, onde uma de 17 anos de idade terá sido assassinada pelo namorado sob alegação de que estava a ser infiel.

A jovem teve uma morte cruel e prematura que abalou os seus familiares que clamam por justiça. Ciúmes  foram os principais motivos apontados como motivação para o crime bárbaro. De acordo relatos, o acusado recebeu um telefonema em que foi informado que a companheira encontrava-se embriagada e a andar por caminhos menos bons, com pessoas não muito agradáveis.

Outro caso refere-se ao acontecimento que envolveu um ancião de 65 anos em Benguela, sob suspeitas de crime de homicídio, em que foi vítima a sua esposa. O suspeito terá agredido a esposa por questões passionais com um objecto contundente “pau”, na região frontal da cabeça causando-lhe morte imediata.

Não alheia à isto, a União Europeia, está a promover em Angola, uma campanha de combate à violência contra mulheres, com intuito de sensibilizar a sociedade angolana sobre a necessidade de erradicar este fenómeno. A mesma terá a duração de 16 dias e o seu lançamento está previsto nesta quinta-feira 25 de Novembro, no Palácio de Ferro, em Luanda.

Segundo o comunicado da União Europeia, o lançamento da campanha denominada “16 Dias de Activismo – Diga Não à Violência Contra as Mulheres – Orange The World”, terá o acesso gratuito ao público, com uma duração de aproximadamente três horas.

Vale lembrar que a repercussão dos casos tem assustado os angolanos tanto pela quantidade quanto pela forma cruel que pessoas são golpeadas, forçadas a ter sexo, ou maltratadas de alguma maneira durante o ciclo da sua vida.

No início do ano o jovem designer Alberto Charamba, decidiu desenvolver uma campanha digital contra os mais variados tipo de violência contra as mulheres, levantado uma bandeira de conscientização, educação e amor ao próximo. O mesmo uniu-se à Djamy Gonçalves, Abel kader, Claudino Fonseca, e Hilária Lopes, para dar vida à um projecto digital que visou contribuir para a mudança de uma realidade cada vez mais presente no mundo inteiro.

Com um elenco constituído por influenciadores digitais, actores e pessoas anónimas, nomeadamente Aryovaldo Muecália, O Imperador, Artur Pop, Regina António, Evanildy Ferreira, e Ariane Gonçalves, Charamba conseguiu através da campanha fazer um chamado à comunidade digital angolana para refletir e combater contra os abusos à integridade física, psicológica e sexual, ao deixar claro através de artes cativantes que “a violência é um sério problema de saúde pública, e uma violação aos direitos humanos”.


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