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Funcionários da EPAL suspendem greve para dar possibilidade de diálogo

Por Sofia Adelino

Os trabalhadores da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) suspenderam a greve por 30 dias de forma a permitir um novo espaço negocial com o empregador, que mostrou vontade de voltar a conversar, segundo anunciou o sindicato da empresa.

A referida  greve tinha sido iniciada na quinta-feira e foi suspensa no final de sexta-feira, segundo o responsável sindical da EPAL, fruto do resultado e consequências da paralisação.

“Suspendemos sim a greve, na sexta-feira ao fim da tarde, em função de termos estado reunidos em concertação sobre algumas situações que se desenvolveram ao longo da greve, primeiro a abertura da entidade patronal e uma situação que começou a incomodar os trabalhadores que era a falta de água em muitos bairros de Luanda” , disse António Martins, o sindicalista, citado pela Lusa.

Esta greve por tempo indeterminado tinha sido marcada porque a empresa não pagava segurança social, fazendo ainda parte do caderno reivindicativo a assistência médica, pagamento regular dos salários, melhores condições laborais, assistência médica e segu ro obrigatório contra acidentes de trabalho e doenças profissionais.

O primeiro secretário sindical da EPAL, António Martins, tinha anunciado a greve, a 21 deste mês, dos funcionários ligados às áreas de produção, captação, tratamento e distribuição de água na capital, explicando que, em caso de sinistro, o trabalhador da EPAL “é que tem custeado todas as despesas relativamente à reparação dos danos físicos que sofre” , verificando-se também “desvios de valores para o pagamento de imposto” no Instituto Nacional de Segu rança Social (INSS).

“Alguns trabalhadores com idade de reforma sentem-se obrigados a fazer um trabalho que é industrial e para o qual, pela sua natureza, é necessário um técnico maisjovem, mas por falta de pagamento no INSS esses são obrigados a continuar a trabalhar mesmo estando com capacidade física e psicológica reduzida” , afirmou, na ocaisão, o sindicalista.

Durante a paralisação estavam garantidos os serviços mínimos para o fornecimento de água à população, garantiu o sindicalista.

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