Cientistas russos descobrem mamute com sangue líquido


Cientistas russos encontraram, esta quarta-feira, sangue na carcaça de um mamute extraído do solo congelado de uma ilha no Ártico. A descoberta aumenta a hipótese de clonar o animal pré-histórico.

Cientistas russos descobrem mamute com sangue líquido

Uma expedição realizada, no início de maio, pela Sociedade Geográfica Russa e especialistas da Universidade Federal do Norte, em Yakutsk, na Sibéria, descobriu e analisou a carcaça de um mamute fêmea, com amostras de sangue – ainda em estado líquido – localizada debaixo do solo, em Maly Liakhovski, uma ilha no Oceano Ártico russo.

Semen Grigoriev, o líder da expedição, disse à Agência France Presse que o animal havia morrido com 60 anos, há cerca de 10 mil ou 15 mil anos. “Esta expedição encontrou pela primeira vez uma fêmea em muito bom estado”, afirma Grigoriev.

O mamute estava tão bem preservado que as fibras musculares tinham o aspeto de carne fresca. “Quando partimos o gelo no estômago, o sangue fluiu, muito escuro. É o caso mais incrível que eu já vi na minha vida”, disse o cientista.

Cientistas russos descobrem mamute com sangue líquido

Uma vez que o mamute estava a uma temperatura de dez graus negativos, o suficiente para congelar o sangue, Grigoriev atribuiu a descoberta às circunstâncias excecionais em que a mamute fêmea foi preservada, durante milhares de anos. “Como é que o sangue poderia permanecer líquido? Morreu há mais de 10 mil anos!”, acrescentou.

“Caiu num buraco de água ou num pântano, provavelmente a meio do caminho. A parte inferior do corpo ficou congelada na água “, explicou. O cientista explicou que a parte superior da carcaça foi parcialmente destruída por predadores.

A carcaça do mamute foi transferida para um local adequado para a sua preservação – uma camada de permafrost, tipo de solo encontrado na região do Ártico. A equipa de cientistas espera poder estudar o animal durante o verão do hemisfério Norte, a partir de julho. Há receio que o transporte do mamute possa danificar a descoberta e os cientistas preferiram esperar por um clima mais ameno na Sibéria.

“Esta descoberta dá-nos uma hipótese de encontrar células vivas que podem ser usadas para clonar um mamute”, disse o cientista.

A Universidade de Yakutsk assinou, no ano passado, um acordo com o sul-coreano Hwang Woo-Suk, especialista em clonagem e “pai”, em 2005, do primeiro cão clonado, chamado Snuppy.

Fonte: JN


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