Adalberto Costa Júnior reafirma não aceitar os resultados e promete instituir uma acção legal para anular as eleições


O presidente do partido UNITA, Adalberto Costa Júnior, que contestou os resultados das eleições de 24 de Agosto, frisou nesta sexta-feira, 2 de Setembro não reconhecer os mesmos e prometeu impor uma acção legal para anular as Eleições Gerais de 2022.

Adalberto Costa Júnior, usou as suas redes sociais para reiterar a sua contestação e destacou estar aguardar pela intervenção da Comissão Nacional Eleitoral, na comparação das actas apresentadas.

“Não aceitamos os resultados eleitorais divulgados. Interpusemos uma acção legal para anular as eleições. Esperamos que a CNE compare as actas que tem com as que deu aos partidos da oposição. Angolanos, a UNITA ganhou as eleições! Vamos defender a soberania do povo e o seu voto”, disse.

O cabeça de lista, que endereçou um discurso à nação pela primeira vez após o anúncio dos resultados definitivos das eleições, falou durante um live na TV Raiar, que houve razões para se manterem em silêncio enquanto decorria a contagem paralela.

“Na nossa comunicação do passado dia 26 de Agosto, partilhamos com todos vós que não reconheciamos os resultados provisórios das eleições de 24 de Agosto. De lá para cá, percebemos a grande expectativa de todos os angolanos. Chegam a nós imensas perguntas sobre o que temos feito e para quando o nosso pronunciamento sobre os resultados definitivos do processo eleitoral. Duas razões explicam o por que desta declaração não ter sido proferida até hoje: Uma relacionada com o contencioso eleitoral cujos prazos, em execução neste momento e previstos na lei procuramos respeitar. A outra diz respeito a contagem paralela, um processo sensível e complexo que se encontra agora na sua fase final. Nos últimos dias, dialogamos com embaixadores de países membros do Conselho de Segurança da ONU, com outros países com relacionamento relevante com Angola e com responsáveis de instituições idóneas da sociedade civil e outras respeitáveis personalidades”, destacou.

Adalberto, referiu que actualmente a UNITA e a Frente Patriótica Unida possuem muito mais dados para contestar as eleições gerais.

“Hoje temos muito mais dados do que tínhamos há uma semana e reafirmamos que no dia 24 de Agosto
o povo votou na mudança, pelo que a UNITA e os seus parceiros da FPU não reconhecem os resultados definitivos publicados esta semana pela CNE, porque estes não refletem a verdade eleitoral. Hoje falo com a expectativa de que a Comissão Nacional Eleitoral, bem como o Tribunal Constitucional desempenhe verdadeiramente as suas funções no estrito respeito a constituição e às leis. Que a CNE não se furte em confrontar as actas na sua posse com as cópias em posse dos partidos políticos. Reafirmo: o MPLA não ganhou as eleições do dia 24 de agosto”, referiu.

Igualmente, mencionou que com vinte anos de paz o país precisa abraçar com verdade um estado democrático e de direito e completou o seu discurso dizendo não ter abandonado aqueles que confiaram no partido ao exercer o dever cívico a 24 de Agosto.

“Estamos há 20 anos em paz e precisamos de abraçar um verdadeiro estado democrático e de direito, com uma imprensa livre e plural, distinta da prática da censura, da propaganda e da falta de contraditório que todos os dias continuam a agredir todos os angolanos. Um Estado onde não se exibam as forças de defesa e segurança, forças republicanas, para amedrontar o seu povo. Termino garantindo que tudo faremos para que todos os votos sejam efectivamente contabilizados e respeitados. A UNITA e o seu Presidente, não abandonarão aqueles que confiaram o seu voto na alternância. Estamos juntos, povo angolano, unidos pela mesma causa comum: o respeito escrupuloso pela verdade eleitoral. Por uma Angola de todos. Que Deus abençoe Angola”, completou.

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