Lentidão, falta de sistema e de profissionalismo, desorganização e enchente. São estas as palavras proferidas pelos estudantes da Universidade Metropolitana de Angola quando se referem aos serviços prestados pela tesouraria e secretaria da referida instituição.
“A tesouraria funciona mal, os trabalhadores são lentos, não conseguem resolver os nossos problemas à tempo”, desabafou ao nosso portal Francisco Miguel estudante do 3 ano, acrescentando que se soubesse que estudar nesta Universidade fosse tão difícil nunca se matricularia.
Em contra partida, Marculino Franco, funcionário da tesouraria afirma que o trabalho prestado na sua secção de serviço tem sido normal e justifica a enchente que se constata diariamente na tesouraria com a impaciência dos estudantes. “o problema está nos estudantes que não sabem o que é esperar, querem tudo na hora” disse.
Nuno Sampaio outro estudante, afirma que desde que entrou na Universidade nunca viu um dia em que a secretaria não estivesse cheia e a tesouraria com o sistema durante o dia todo. ” quando há confirmações de matrículas o sistema não falha porque é dinheiro a entrar na conta deles, mas basta tratar um documento como a declaração com notas que a espera pode durar mais de duas semanas” lamentou.
Porém Florinda Geraldos, chefe da secretaria, diz que os seus 9 funcionários fazem o que podem e que o problema não está na secretaria mas sim nos departamentos que demoram com as respostas dos problemas apresentados pelos estudantes. ” a secretaria não trabalha só, dependemos de outras áreas e muitas vezes os estudantes não percebem isto, querem tudo na hora” afirmou acrescentando que uma declaração com notas leva 5 dias úteis para ser levantada e só demora quando os departamentos se atrasam com o seu trabalho. A mesma aconselha os estudantes a terem paciência e a saberem não só criticar como também a dar soluções, pois a Universidade é de todos.
Entretanto os estudantes apresentam como solução a capacitação ou troca dos funcionários, a utilização de meios modernos para facilitar a vida dos acadêmicos e evitar as enchentes.
Outro problema apresentado pelos estudantes foi a subida do preço das propinas e o pagamento mensal de 1.000 kz para cobrir as despesas do posto de primeiros socorros e os 1.500kz para a associação dos estudantes. “nunca fui neste posto de socorros então não sou obrigada a pagar o salário dos enfermeiros e a associação dos estudantes não faz nada de proveito então é dinheiro em vão” remata outra estudante insatisfeita que não quis identificar-se. Mas Marculino Franco funcionário da tesouraria finaliza dizendo que o preço da propina não aumentou simplesmente o dólar subiu.
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