Bonga homenageado na 3ª edição da gala dos Angola Music Awards


O musico Barceló de Carvalho “ Bonga” foi o homenageado na terceira edição do Angola Music Awards (AMA), cuja gala teve lugar sábado, no espaço Quinteto, em Saurimo, província da Lunda Sul.

Bonga Kilamba

A homenagem ao artista serviu para destacar o seu contributo na promoção, valorização da música angolana e a sua afirmação além-fronteiras.

O músico José Avelino Barceló de Carvalho, conhecido nas lides musicais como Bonga Kuenda, nasceu em Caxito, província do Bengo, em 1942. Com 72 anos de idade, 34 dos quais dedicados a música, conta com mais de 30 obras discográficas na sua maioria editados em Portugal, país em que reside há mais de 30 anos.

Filho de pai angolano e mãe congolesa, ainda criança o artista tomou o primeiro contacto com a música, tendo sido fortemente influenciado pelo seu pai.

Durante a infância, Bonga e seus nove irmãos ouviam, de forma alternada, merengues da América Latina e música brasileira, as quais acompanhava com a Dikanza, ao lado de seu pai que tocava preferencialmente o acordeão.

Por volta de 1957/58, compõe, na capital do país, o seu primeiro marco musical com o titulo “Uengi”, numa altura em que o nacionalismo imperava, com fervor, em grande parte dos jovens daquela geração.

Uma vez “entrelaçado” com a música e ainda na vida escolar, o artista encontrou forte oposição das autoridades coloniais portuguesas que não os apreciavam (jovens), por expressarem tipicamente a cultura angolana.

No musseque, onde enfrentou o preconceito dos assimilados negros, integrou grupos como “Os Quissueias do Ritmo”, “Kimbandas do Ritmo” e uma outra formação do bairro Rangel, antes de partir para Portugal.

Em terras lusas, o criador angolano tornou-se praticante de atletismo e conquistou pelo Benfica o título de recordista dos 400 metros, mas levara na bagagem a canção, porque detinha uma válida iniciação musical angolana.

 Do seu repertório destacam-se os albuns “Angola 72”, “Kandandu”, “Raizes”, “Sentimento”, “Massemba 87”, “Mulemba Kietu”, “Mulemba Xangola”, “Diakandumba”, “Falar assim” ,  “Kaxexe”, entre outros.

AR-Angop


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