Rei Hélder, residente em Portugal há mais de dez anos, é provavelmente um dos mais polémicos artistas de kuduro o músico angolano desde o início da carreira foi acusado por várias vezes de fazer uso das músicas de outros artistas como “Sebem e Tony Amado” para benefício próprio em espectáculos em que era convidado para actuar.
O kudurista esteve recentemente na Rádio Luanda para esclarecer algumas questões a que o seu nome está associado. Rei Hélder começou por aproveitou para falar do estado actual da sua carreira, contrariando aqueles que afirmam que o músico “desapareceu”:
“A minha carreira está 100% boa, tenho feito muitas digressões e há notícias minhas que não chegam a Angola porque não tenho ninguém que faça esse trabalho de divulgação. Há pouco tempo estive a representar o nosso país como convidado especial em Cabo Verde num show de Paula Fernandes, na Ilha da Praia onde cantei para mais de trinta e cinco mil pessoas. A minha popularidade não baixou, estou sempre em alta e na ribalta. Eu sou sempre o homem do momento. No momento sei que as minhas músicas de um estilo para o outro têm tocado muito aqui em Angola e por isso agradeço aos meus irmãos angolanos.”
O artista ainda acrescentou que se considera um músico de sucesso e que teve momentos baixos apenas no princípio da carreira mas que depois de começar a cantar com grandes nomes da música como Dog Murras e Yuri da Cunha atingiu grandes números e não teve mais pontos negativos.
O “Rei do Kuduro” disse que ainda não decidiu viver em Angola porque não tem casa própria confessando que passou pela centralidade do Kilamba para tentar adquirir lá a sua residência, ficando horas na fila, mas não teve sucesso, contudo não vai desistir: “Desejo ter as minhas coisas e não fazer filmes e novelas tristes como os outros, porque o meu passado não foi dos melhores. Trabalhei até como bagageiro”, revelou acrescentando que vai voltar a tentar a sorte no Kilamba.
“Se o Kuduro está no lugar em que se encontra foi graças à minha divulgação feita com as músicas do “Sebem”. Eu nunca disse em Portugal que era o Sebem, nunca me fiz passar por ele, sempre usei o meu nome “Hélder o Rei do Kuduro” por isso é que no Big Brother dos VIP em Portugal fui convidado e nem aceitei entrar. Até no programa do Herman José quando eu era convidado a audiência disparava, por isso é que me convidavam sempre. Essas histórias de me apoderar do nome do Sebem são falsas, eu apenas cantei a música do Sebem num programa televisivo e expliquei que não era eu o autor, e sim o Sebem. Eu apenas divulgava as músicas, e por isso graças a mim na Europa o Kuduro teve o seu espaço”, explicou.
“Eu ajudei o Se Bem na Tuga quando ele foi convidado para um show e perdeu os documentos e a gerência do Hotel expulsou os artistas angolanos. Se não fosse eu aquela situação não se iria resolver”, referiu. O músico adiantou que foi nessa altura que a relação dos dois amenizou.
O “kudurista” também revelou o motivo que o fez dar uma pausa no estilo. “Decidi parar de cantar este estilo quando me convidaram para actuar no estádio da Luz e infelizmente o antigo jogador do Benfica perdeu a vida em campo. A partir daí, ao deparar-me com aquele momento não quis mais continuar. “
Recentemente Rei Hélder lançou o seu “Best Of” que considerou um presente para o povo e para o empresário Bento Kangamba.
Por:Sapo