Wade Robson e James Safechuck alegam ter sido abusados por Michael Jackson e, em 2013 e 2014 respectivamente, abriram processos de danos morais contra a fortuna do cantor. Na próxima quinta (09/04), o tribunal superior de Los Angeles fará uma audiência para julgar se os processos são legais, pois segundo a lei americana, eles deveriam ter sido abertos até um ano depois da morte de Jackson.
Os advogados de Robson, coreógrafo de Britney Spears e Justin Timberlake, e de Safechuck, que já fez comerciais ao lado de Jackson, afirmam que o cantor pagou 200 milhões de dólares para silenciar 20 vítimas de abuso em processos anteriores abertos contra ele.
Safechuck conheceu Michael em 1987 quando tinha oito anos. Segundo os advogados, ele testemunhará afirmando que Jackson lhe molestou diversas vezes, um ano depois, durante uma turnê, e que o cantor entregou ao pai dele um cheque de mais de 1 milhão de dólares. Safechuck também alega que quando tinha nove anos teve que se vestir de noiva para uma cerimônia secreta de casamento com Jackson. O cantor teria dado ao garoto um certificado de casamento e uma aliança como prova de “amor eterno”.
Os advogados de Safechuck afirmam que ele foi molestado por Michael mais de 100 vezes. “Jackson foi tão bem sucedido em suas técnicas de convencimento que o meu cliente passou por diversos atos de abuso sexual de natureza hedionda acreditando que eram atos de amor instigados por ele mesmo”, dizem os advogados nos documentos do processo.
Já o testemunho de Robson será oposto do que o que disse sobre o cantor no julgamento dele em 2005. Apesar de ter admitido ter dividido uma cama com Jackson, ele afirmou que o cantor nunca havia tocado nele de forma inapropriada. Agora, Robson alega que depois de construir uma família percebeu que não podia mais continuar a esconder os abusos que sofreu. “Eu vivi em silêncio e negação por 22 anos”, disse Robson, que afirma ter sido molestado pelo cantor aos sete anos.
Os dois afirmam que o cantor seduzia a eles, outras vítimas e suas famílias com glamour, presentes e viagens para Europa, Ásia e Caribe. Jackson sempre negou que era um molestador e afirmava que nunca machucaria uma criança, mas preferiu não testemunhar oficialmente em sua defesa durante o julgamento dos processos de abuso sexual infantil de 2005, no qual foi inocentado de todas as acusações.
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