Confirmado primeiro caso de ébola nos Estados Unidos


As autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram esta terça-feira que foi diagnosticado no país o primeiro paciente infetado com o vírus ébola.

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA confirmou nesta terça-feira o primeiro diagnóstico de ebola no país. Trata-se de um paciente ainda não identificado, contaminado em viagem para a Libéria. Ele está internado no Hospital Presbiteriano de Dallas, no Texas, em “isolamento total”.

— Um indivíduo viajando da Libéria foi diagnosticado com ebola nos EUA — disse Thomas Frieden, diretor do CDC.

De acordo com Frieden, o paciente saiu da Libéria no dia 19 de setembro e chegou aos EUA no dia 20, sem manifestações da doença. Após quatro dias, os sintomas começaram a aparecer e, no dia 26, o doente procurou atendimento médico, mas foi colocado em isolamento apenas no domingo, dia 28.

O contágio do ebola não é fácil. A doença é transmitida apenas pelo contato direto com fluidos de pacientes que estejam manifestando a doença. Segundo Frieden, o principal objetivo agora é oferecer todo o tratamento necessário para a cura deste indivíduo.

— Segundo, vamos identificar todas as pessoas que tiveram contato com o paciente que podem ter sido infectados — disse Frieden. — Todos serão monitorados por 21 dias para ver se desenvolvem os sintomas.

Segundo o diretor do CDC, não existem “dúvidas que esse caso de ebola será controlado e a doença não se espalhará pelo país”. Ele acrescentou que o centro, juntamente com autoridades de Lagos, na Nigéria, indentificou 900 contatos relacionados aos 20 casos registrados naquele país e, ainda assim, não houve alastramento.

Pergundado se a vítima é cidadã americana, Frieden respondeu que a pessoa infectada está visitando parentes nos Estados Unidos.

JANELA DE QUATRO DIAS

O temor é que nos quatro dias em que o paciente esteve fora de isolamento, com os sintomas, tenha contaminado outras pessoas. Segundo Frieden, é possível que outros casos sejam diagnosticados, mas o risco de epidemia nos EUA é nulo.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o hospital informou que o paciente foi admitido com por causa dos sintomas que apresentava e o “histórico recente de viagem”. Segundo o texto, todas as recomendações estão sendo seguidas para garantir a segurança de médicos e outros pacientes.

O diretor do departamento de saúde do condado de Dallas, Zachary Thompson, informou na manhã desta terça-feira, antes do diagnóstico positivo, que o Centro de Controle de Doenças seria mobilizado caso o teste fosse positivo. Segundo ele, o condado está pronto para atender o paciente.

— Aqui não é a África — disse Thompson em entrevista à emissora ABC. — Nós temos boa infraestrutura para lidar com uma epidemia.

Os EUA já deram sinais que estão prontos para evitar que a doença se espalhe no país. O médico Kent Brantly, que se infectou enquanto trabalhava na Libéria, se recuperou em um hospital de Atlanta.


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