Os docentes das universidades públicas de todo o país voltaram à greve esta Segunda-feira, 27, de Fevereiro três meses depois da suspensão da paralisação das aulas, com intuito de exigirem aumento salarial e seguro de saúde.
Ao Novo Jornal, o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) assegurou que os docentes retomaram a greve pelo facto de o Presidente da República, não se ter pronunciado até agora sobre o assunto. Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do SINPES, declarou que os docentes universitários, que exigem aumentos salariais, não têm seguro de saúde, situação que consideram preocupante.
“Infelizmente é sobre estes dois pontos que o Governo não quer conversar com os docentes das universidades públicas”, disse.
Eduardo Peres ressalta que, o Ministério do Ensino Superior apresentou uma proposta de aumento de apenas 6%, o que está abaixo da exigência dos docentes constante no caderno reivindicativo em posse do Executivo há anos, onde os professores não só defendem melhoria salarial, mas também infra- estruturas condignas, fundos para a investigação e formação contínua.
“Atendeu-se à formação contínua com 310 bolsas de estudo previstas, mas ainda assim temos instituições que não foram contempladas, falo da Universidade Kimpa Vita, do Instituto Superior Politécnico do Kwanza-Norte, o ISCED do Uíge e outras instituições”, explicou o secretário-geral.
A greve de professores universitários foi suspensa a 01 de Novembro de 2022, segundo o sindicato, porque os professores decidiram “dar um voto de confiança” ao Presidente da República. Entretanto, Eduardo Alberto fala em ‘inversão de propriedades’ por parte do ministério.
“Temos professores com necessidades básicas, professores doentes que não conseguem fazer uma consulta por falta de seguro de saúde e salário condigno”, destacou.
Importa lembrar que a greve dos professores do ensino superior das universidades públicas, teve uma duração de 60 dias no ano passado
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