As universidades e institutos superiores públicos do país darão início a uma greve por tempo indeterminado, a partir de 10 de Novembro, anunciou nesta sexta-feira(29) em Luanda, o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Peres Alberto.
Eduardo Peres Alberto explicou que a declaração de greve resulta do incumprimento de reivindicações antigas que o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologias e Inovação (MESCTI) não tem estado disposto a satisfazer, com destaque para a melhoria do salário.
Os professores universitários reclamam da falta de seguro de saúde, melhoria das infra-estruturas para as instituições do Ensino Superior, formação contínua dos docentes e trabalhadores não docentes, boas condições de trabalho, pagamento da dívida, de fundos de investigação científica e publicações, além de um salário condigno.
O sindicalista fez saber que os professores reivindicam, ainda, a reposição dos subsídios de longo tempo de trabalho, injustamente retirados, e a redução do Imposto de Rendimento do Trabalho (IRT).
O secretário-geral salientou que, na Assembleia-geral Extraordinária, realizada em Maio de 2018, o SINPES avisou ao MESCTI que, se as reivindicações não fossem atendidas, a paralisação seria inevitável. O sindicalista disse que 99 por cento das instituições do Ensino Superior no país funcionam com infra-estruturas em más condições como em contentores e sem serviços mínimos, tendo referido que dos países de África, Angola é o único que não conta com uma Cidade Universitária.
O professor catedrático Carlinhos Zassala enumerou outras situações que levaram à declaração de greve, com destaque para a carência de docentes em muitos cursos de entidades orgânicas como as Faculdades de Ciências, Engenharia e Ciências Sociais. O também psicólogo realçou que a falta da pedagogia universitária é um problema que afecta a valorização do ensino e a docência nas universidades do país.
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