Uma mulher conhecida por Ângela Ferreira, rosto conhecido na luta pela legalização da inseminação pós-morte em Portugal, anunciou nesta segunda-feira (20), que está grávida do marido que morreu em 2019.
Segundo a imprensa portuguesa, o marido ‘crio preservou’ o sémen e, antes de morrer, deixou uma carta à família onde manifestou a sua vontade em ser pai. Quatro anos após a morte de Hugo, o desejo poderá ser concretizado.
A mulher partilhou nas redes sociais a alegria por concretizar o objectivo, após anos de luta, num processo que considerou “longo e doloroso”, mas que chegou ao fim com sucesso.
“Hoje finalmente partilho com todos vocês a tão desejada notícia! Foram anos de luta para aqui chegar, o processo foi longo e doloroso, mas finalmente conseguimos! É com uma alegria enorme e com o coração cheio que hoje partilho que agora batem dois corações dentro de mim obrigada a todos vocês por ajudarem-me a chegar até aqui, obrigada pelo apoio, pelas mensagens constantes e pelo carinho! Sem vocês, não teria sido possível, por isso a minha alegria por poder partilhar com vocês este momento”, escreveu.
O esposo d Ângela Ferreira morreu em 2019 e a vontade de ambos em serem pais, mesmo após a morte, gerou um debate em Portugal sobre a inseminação após-morte. A petição foi assinada por mais de 100 mil pessoas, a Assembleia da República discutiu a lei e a “inseminação post mortem” entrou em vigor em Novembro de 2021.
Vale ressaltar que é o primeiro caso em Portugal.
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