Metro de Superfície Luanda poderá começar a ser implementado este ano. Capital tem energia para suportar o MSL


O ministro dos Transportes, Ricardo D’ Abreu revelou esta segunda-feira (5) de Julho, que o lançamento do projecto de construção do Metro de Superfície de Luanda (MSL), com 149 quilómetros de extensão de rede básica, poderá acontecer ainda este ano de 2021, obedecendo quatro fases de implementação. Por sua vez, o engenheiro do Ministério da Energia e Águas, João Saraiva garantiu que Luanda tem energia para suportar o Metro. O custo estimado é de 3,5 mil milhões de dólares.

De acordo com o ministro dos Transportes, Ricardo D’ Abreu citado pela Angop,  a primeira fase ligará a Centralidade do Kilamba ao Porto de Luanda, numa extensão aproximada de 37 quilómetros,  beneficiando cerca de três milhões de habitantes, dos quais 65 por cento desloca-se diariamente para o centro da cidade.

Ao discursar na abertura do Workshop sobre os “Desafios e as soluções para o MSL”, Ricardo D`Abreu referiu que o projecto será desenvolvido num regime de Parceria Público-Privada, envolvendo agentes que garantam a execução rigorosa das várias componentes, associadas ao investimento.

“Os trabalhos desenvolvidos, até à data, permitiram estabelecer dois memorandos de entendimento com um parceiro de experiência internacional a SIEMENS, abrangendo também a componente tecnológica e formativa”, informou o titular da pasta dos Transportes em Angola.

O engenheiro do Ministério da Energia e Águas, João Saraiva, que prestou essa informação na 1ª Conferência do Projecto Metro de Superfície de Luanda, sublinhou que a capital do país tem uma necessidade mínima de cerca de 1.200 mega watts de consumo energético, porém é alimentada com 1.400 mega watts.

Nesta conformidade, explicou que o MSL terá uma magnitude de energia que varia entre um a dois por cento da quantidade de consumo de Luanda.

No entanto, o especialista entende que o projecto deve contemplar um investimento dedicado à construção de uma ou mais centrais eléctricas específicas para o metro.

“No período da independência, Luanda tinha apenas três subestações e um consumo energético de 60 mega watts. Actualmente conta com 70 subestações a produzirem mais de 1400 mega watts. Por isso, é necessário uma aposta na rede de transporte de energia”, asseverou.

João Saraiva explicou que Luanda recebe energia do sistema norte do país, onde constam o Projecto Kapanda, Laúca, Kambambe e brevemente Caculo Cabaça.

Além do Metro de Superfície, o Plano Director de Luanda, já aprovado pelo Executivo, prevê, também, dois sistemas de Metro de Superfície, designadamente o Bus Rapid Transit (BRT) e o Veículo Rápido sobre Trilhos (carris), abreviadamente VLT.

O primeiro é utilizado para sistemas de transporte urbano com autocarros, que são alvo de consideráveis melhorias na infra-estrutura, nos veículos e nas medidas operacionais que resultam em qualidade de serviço mais atractiva.

Após vários adiamentos na sua execução, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, criou uma comissão, encabeçada pelo Ministro dos Transportes, para preparar as condições para o lançamento do Projecto Metro de Superfície (MSL).

 

AR/EN/Angop


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