Médicos de todo o país, pretendem paralisar, na próxima segunda-feira, 27 de Setembro, alguns serviços do qual são encarregues, durante uma hora, em solidariedade a um colega agredido pela família de uma paciente, na província de Benguela.
O médico António Dungula, do Hospital Geral de Benguela, foi alvo de agressão física em pleno exercício das suas actividades, após ter reanimado, sem sucesso uma paciente, no momento de comunicar o óbito aos familiares da mesma.
Segundo um dos membro do sindicato dos médicos angolanos, Adriano Manuel, trata-se de protesto pacífico contra a agressão ao colega. Para o sindicalista, o que aconteceu é uma violação aos direitos e deveres dos médicos, declarados nos estatutos da Ordem dos Médicos de Angola (OMA).
O sindicalista disse ainda que esse protesto é para que as autoridades prestem atenção aos médicos e os garantam um trabalho de qualidade. O profissional explicou ainda que a paralisação será apenas em consultas externas e outros serviços, não incluindo os bancos de urgências, cuidados intensivos e os serviços de hemodiálise.
Adriano Manuel afirmou que o colega foi vítima do sistema nacional de saúde que não é dos melhores.
“O nosso colega foi vítima do sistema nacional de saúde que não é dos melhores. Se o hospital tivesse um número de médicos suficientes nas enfermarias, provavelmente a paciente não teria perdido a vida. A paciente e o nosso colega não deixam de ser vítimas do sistema nacional de saúde”, disse.
Por: Eucadia Ferreira
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