Após mais de 1 ano desde que aconteceu o assassinato da jovem bancaria Bárbara Nogueira de Sá, e quase 4 meses de julgamento, foi ontem em Luanda conhecido a pena da jovem cidadã Judith Maria Graça da Silva, 39 anos de idade foi condenada a 20 anos de prisão.
Judith da Silva acusada de ter assassinada a amiga, foi condenada a 20 anos de prisão máxima pelos crimes de homicídio da bancaria Bárbara de Sá Nogueira (gerente de um balcão do Banco Millennium Angola) e de aborto forçado contra a ex-amante do seu esposo pelo Tribunal Provincial de Luanda.
Judith da Silva foi condenada a 18 anos de cadeia pelo crime de homicídio, isto é, por ter morta a sua então amiga Barbara de Sá Nogueira, 39 anos, e mais um ano e seis por ocultação do cadáver. A mesma terá ainda que indemnizar os familiares da malograda ao equivalente em Kwanzas a 100 mil dólares norte americanos (dez milhões de Kwanzas).
Já pelo crime de aborto, de que a mesma também foi julgada em simultâneo, foi condenada á pena de 7 anos de cadeia e a indemnizar a vítima em 700 mil Kwanzas, o equivalente em sete mil dólares norte americano. Por este mesmo crime foi também condena a 1 ano e dois meses, Joana Tatiana dos Santos, na altura dos factos, empregada de Judith a que ajudou a cometer o crime de aborto contra a jovem Gricelda de Melo.
Joana dos Santos terá também de indemniza-la em 400 mil Kwanzas, mas viu a sua pena suspensa durante cinco anos por se encontrar em estado de gestação e ter colaborado com a justiça na descoberta da verdade, uma vez que ao longo do julgamento confessou o crime e disse que tudo foi perpetrado pela patroa, no caso Judith.
Quanto ao réu Eliandro Danilo dos Santos, ex-marido de Judith da Silva, acabou absolvido de participação no crime de aborto.
Porém, por junto e atacado, pelos crimes cometidos Judith terá de cumprir 20 anos de prisão maior. Por seu torno, os advogados de defesa da mesma, Sérgio Raimundo e José Carlos interpuseram recurso por acharem que a medida do tribunal foi injusta.
Os familiares da malograda não se deram por satisfeita com a sentença. Tão logo ouviram o pronunciamento do protagonizaram algum tumulto na sala de audiência com frases como, “injustiça, 18 anos é pouco”, “justiça da porcaria” e “vale realizar justiça com as próprias mãos”, apenas para citar as mais audíveis. Foi necessária a intervenção do efectivo policial ali destacado para acalmar ao ânimos que já iam altos.
Ao terminar numa espécie de acautela o pior o Juiz da causa Luís Sebastião dirigindo- se aos familiares disse que agora o processo vai subir para o Tribunal Supremo pelo que “não se surpreendam se a pena for reduzida e não vale apena dizerem que o juiz recebeu dinheiro, pois é missão do Tribunal Supremo aumentar ou diminuir a pena”, frisou.
Entre dor, lágrimas e alguma emoção, foi este o semblante demostrado pela mãe e as filhas da malograda Barbara de Sá Nogueira. Enquanto isso, espantosamente Judith reagia de forma fria, algo que a caracterizou durante todo o processo, ao mesmo tempo que, escoltada, abandonava a sala com largo sorriso no rosto, facto que revoltou ainda mais os familiares da vítima.
Por:AR e A Capital
gostaria de saber se ela confessou ou nao o crime?