Inflação em Luanda ultrapassa os 20% em fevereiro


Os preços em Luanda subiram 20,26 por cento em fevereiro, face aos últimos 12 meses, batendo máximos históricos, ao disparar mais de três por cento face ao mês de janeiro.

Banco Nacional de Angola

A informação consta do relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, destacando que na capital angolana a classe “bebidas alcoólicas e tabaco”, com uma subida de 6,03%, foi a que mais aumentou neste período.

Destacam-se igualmente os aumentos dos preços nas classes “Saúde”, com 5,84%, “Educação”, com 5,57%, e “Alimentação e Bebidas não Alcoólicas”, com 3,78%.

No Orçamento Geral do Estado para 2016, o executivo angolano prevê uma taxa de inflação (a 12 meses, janeiro a dezembro) de 11%.

O nível geral do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Luanda registou, segundo o INE, uma variação de 3,28%, entre janeiro e fevereiro de 2016.

Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial, devido à quebra das receitas com a exportação de petróleo, o que fez disparar o custo de vários produtos alimentares, o que já está a levar algumas superfícies a racionalizar as vendas em Luanda.

Luanda é considerada em estudos internacionais como a capital mais cara do mundo.

Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) – ainda não há dados agregados para um ano no registo de todo o país – registou uma variação de 3,30% entre janeiro e fevereiro.

No gráfico a seguir apresenta-se a variação dos preços durante o mês de fevereiro de 2016 por província. As províncias que registaram maior aumento foram: Luanda com 3,28%, Malanje com 3,25% e Cunene com 3,22%. As províncias com menor variação foram: Huambo com 2,92%, Moxico com 2,96% e Zaire com 2,98%.

Depois de Luanda, as subidas no último mês foram lideradas pelas províncias do Malanje (3,25%) e do Cunene (3,22%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias do Huambo (2,92%), Moxico (2,96%) e Zaire (2,98%).

O Governo angolano estimava para 2015 uma inflação entre 7% e 9%, intervalo que foi ultrapassado, todos os meses, desde julho.

Lusa


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