O Ruanda, a África do Sul e o Senegal estão entre os países da África subsaariana que mais têm defendido a construção de fábricas de vacinas e medicamentos para evitar as atuais dificuldades de distribuição.
“A única maneira de garantir uma distribuição equitativa de vacinas é produzir mais do que as que são necessárias; enquanto África estiver dependente de outras regiões para ter acesso a vacinas, vamos estar sempre no fim da fila de cada vez que há escassez”, disse o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.
Enquanto as nações mais desenvolvidas estão bastante avançadas no processo de distribuição de vacinas, a maioria dos países africanos estão praticamente sem stock e conseguiram apenas dar o equivalente a 2% das vacinas a nível mundial, segundo os dados do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
No continente, há menos de dez produtores de vacinas, em países como o Egito, Marrocos, Tunísia, Senegal e África do Sul, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, e na maior parte destas fábricas o trabalho é empacotar e etiquetar, e não propriamente fabricar as vacinas, o que faz com que o continente esteja mal preparado para fazer e administrar vacinas em tempos de crise.
Lusa
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