A Sonangol e a petrolífera italiana Eni anunciaram hoje a entrada em produção do campo Mpungi, em águas profundas 350 quilómetros a nordeste de Luanda, elevando a 100.000 barris de crude diários a partir do bloco 15/06.
Em comunicado enviado à Lusa, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) recorda que o Mpungi é o terceiro campo do projeto de desenvolvimento denominado Polo Oeste a entrar em produção, depois dos campos Sangos e do Cinguvu, em profundidades entre os 1.000 e os 1.500 metros.
Há mais dois campos, Ochigufu e Vandumbu, para entrar em produção neste projeto do bloco 15/06, operado pela Eni.
“Esse terceiro marco do bloco 15/06 foi alcançado dentro dos limites orçamentais, assim como do respetivo cronograma de execução”, refere o mesmo comunicado.
O início da produção no campo Mpungi tinha foi anunciado, inicialmente, para janeiro passado, acrescentando 40.000 barris de crude diários à produção dos dois outros campos (que era de 60.000 barris por dia)
A Eni garantiu anteriormente que são esperadas novas descobertas no bloco 15/06, onde a petrolífera descobriu reservas de três biliões de barris que em apenas 44 meses – após o anúncio da descoberta comercial – já estavam a fase de extração.
Aquele bloco é operado pela Eni, que tem uma quota de 36,84% no grupo empreiteiro, no qual a estatal angolana Sonangol (36,84%) é a concessionária e que conta ainda com a participação da SSI Fifteen Limited (26,32%).
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,8 milhões de barris por dia, mas devido à quebra na cotação internacional de crude, o peso das receitas petrolíferas terá descido no ano passado para 36,5%, face aos 70% de 2014, na perspetiva do Governo.
AR/Lusa