Em liberdade motoqueiro que ficou preso durante setes anos por bater contra o carro de agente do SIC


O Tribunal Provincial de Luanda, deixou em liberdade nesta semana, um cidadão angolano de 28 anos, que se encontrava preso na cadeia central de Luanda, há mais de sete anos, supostamente a mando de um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC) que o acusou de ter partido o pisca da sua viatura, segundo noticiou o Club-K.

Foto: Reprodução da Internet (Autor Desconhecido)

De acordo com a referida fonte, o caso ocorreu a 03 de março de 2015, quando o jovem circulava com a sua motorizada nos arredores do supermercado Alimenta Angola, no município de Viana, e embateu contra a viatura de um cidadão que apresentou-se como sendo oficial do SIC, e este ao descer do carro apontou-lhe uma arma de fogo acusando-lhe de ter danificado o pisca do automóvel.

No momento do acidente, o jovem implorou que fosse solto, garantindo que iria se responsabilizar pelo estrago, mas o suposto oficial do SIC, respondeu dizendo que o mesmo não estava em condições de reparar os danos causados na viatura, sendo de seguida algemado, colocado no porta-bagagem e transportando para uma esquadra da Polícia nos arredores do aeroporto internacional e, posteriormente transferido para a Cadeia Central de Luanda, onde ficou preso durante sete anos, como refere o Club-K.

Segundo a mesma fonte, o jovem de 28 anos, foi descoberto no seguimento de um trabalho de auscultação de uma equipa conjunta da PGR e da Provedoria de Justiça de Angola (PJA) que durante os últimos meses se disponibilizou em ouvir os presos que se encontram em excesso de prisão preventiva nas cadeias de Luanda. Aos 13 de Julho de 2022, foi-lhe emitido um mandado de soltura provisória, ordenado pela juíza Josefina Gomes da 17ª sessão da sala dos crimes comuns do Tribunal da Comarca de Luanda, determinando que se apresentasse semanalmente nesta instituição. Nesta terça-feira, 20 de setembro, o jovem foi ouvido pela juíza e esta, por sua vez, ordenou que o mesmo fosse posto em liberdade, já que não constava nenhum crime contra si.

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