Carlos Rosado adianta que o litro de gasolina poderá ser comercializado a 572 Kwanzas


O economista angolano, Carlos Rosado de Carvalho, afirmou nesta quarta-feira, 31 de Maio, durante o seu espaço habitual “Economia 100 makas”, da Rádio MFM, que o preço do litro de gasolina pode atingir o valor de 572 Kwanzas, devido a decisão do executivo em retirar o total dos subsídios aos combustíveis.

Foto: DR

O especialista citado pelo C.K, apontou para o preço médio de importação, adicionados  aos custos de logística, de distribuição, igualmente aos custos de comercialização. Destacou ainda que a intenção do governo, com base em dados do IGAPE, é que o preço do litro de gasolina deve rondar os 400 Kwanzas, com a retirada dos incentivos.

Carlos Rosado adiantou que a intenção do governo, é de retirar todos os benefícios aos combustíveis de uma única vez, para que o preço da venda seja o mais próximo do praticado nos mercados internacionais. O economista diz que o governo teme consequências políticas, pelo facto de essa subida poder influenciar o preço das viagens nos táxis colectivos e condicionar a mobilidade dos cidadãos.

Avançou também que o governo já negociou com a EMIS, rede gestora da rede de multi-caixas, e assinou um acordo, através do qual os taxistas terão um cartão bancário de abastecimento, para passarem a pagar o preço actual da gasolina depois dessa subida.

“A ideia com que fico é que se pretende ter uma espécie de gasolina profissional”, para os veículos de transporte público, incluindo as motorizadas, que usam gasolina.

No seu entender, esta é uma das razões pelas quais o governo realizou o processo de cadastramento de veículos motorizados, que fazem o serviço de táxis colectivos e de motorizadas.

“O cadastramento que está a decorrer, de táxis e de motas, é justamente para que só os cadastrados recebam esse cartão, e terão um desconto”, disse, acrescentando ainda que o governo está a cogitar a possibilidade de reduzir o valor do IRT, para evitar que a retirada das subvenções criem impacto na vida dos cidadãos e na inflação.

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