A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu neste domingo (28), que as fronteiras se mantenham abertas, numa altura em que se multiplicam as restrições de viagens relativas aos países africanos devido à propagação da nova variante do coronavírus SARS-CoV-2.
Ao lado dos países africanos, a OMS pede para que as fronteiras continuem abertas, em comunicado, e apela aos países para que adoptem “uma abordagem científica” baseada na “avaliação dos riscos”.
Segundo a entidade mundial da saúde, “é crucial que os países que são transparentes com os seus dados sejam apoiados”, uma vez que “é o único meio” de assegurar que “dados importantes” são recebidos “em tempo oportuno”.
A referida organização classificou na sexta-feira a nova variante do coronavírus que causa a covid-19 como uma variante “de preocupação” e batizou-a como Ómicron, nome de uma letra do alfabeto grego.
Especialistas consideram que a Ómicron suscita “sérias preocupações de que possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas e aumentar o risco de reinfeções”. A nova estirpe, inicialmente detectada na África do Sul, já foi identificada em vários países e, de acordo com a OMS, parece representar um risco acrescido de reinfeção quando comparada com outras variantes de preocupação em circulação, como a Delta, dominante no mundo e a mais contagiosa até à data.
Desconhece-se ainda, contudo, em rigor, os efeitos da Ómicron na transmissibilidade da infeção, severidade da doença e imunidade.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, os Estados Unidos e o Reino Unido (onde a variante já foi confirmada) também fecharam as suas fronteiras aos naturais de países desta região de África.
Angola foi o primeiro país africano a suspender voos de e para a África do Sul. Israel, onde a variante também já foi detectada, fechou as fronteiras aos estrangeiros, tal como Marrocos.
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