Aumenta o numero de cirurgias plásticas em adolescentes diz estudo


Nos últimos quatro anos o número de cirurgias em adolescentes entre os 14 e os 18 anos mais do que duplicou, tendo aumentado em 141%. Só no ano passado foram realizadas mais de 90 mil intervenções cirúrgicas no Brasil, o segundo país onde se realizam mais operações plásticas a seguir aos EUA.

Os adolescentes parecem estar cada vez mais obcecados com o ‘corpo perfeito’, pelo menos a avaliar pela corrida às cirurgias estéticas. Nos últimos quatro anos o número de cirurgias mais do que duplicou, tendo saltado de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012, só no Brasil, segundo dos dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), citados pela Exame Brasil.

Durante o mesmo período, as operações a adultos cresceram 38,6%, o que significa que a procura por adolescentes entre os 14 e os 18 anos cresce a um ritmo muito superior.

A lipoaspiração e os implantes de silicone no peito são as cirurgias mais procurados pelas raparigas no Brasil, que continua a ser o campeão nesta área, só sendo mesmo superado pelos EUA.

Já a ginecomastia e a cirurgia para corrigir as ‘orelhas de abano’ são as principais áreas procuradas pelo público masculino.

Contudo, estes números estão a lançar alguma confusão estre os especialistas da área, que estão preocupados com este aumento.

Segundo o presidente da SBCP, José Horácio Aboudib, não existe regra alguma que defina a idade mínima para se submeter à cirurgia plástica. “Não há idade mínima, cada caso tem de ser avaliado separadamente. A idade não é o mais importante. O mais importante é avaliar a evolução física do paciente”, disse à revista brasileira.

Já Maurício de Souza Lima, médico especializado no atendimento de adolescentes, tem uma opinião diferente: “Nessa idade, os jovens estão em fase de transformação, mas na maioria das vezes ainda não é hora de mudar. Há jovens que preferem uma cirurgia em vez de uma festa de 15 anos. É um exagero”, sublinha.

Além disso, “o adolescente é muito imediatista e isso inclui a ansiedade por mudanças no corpo”, acrescenta o especialista.

Fonte: NM


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