ANPG e Totalenergies anunciam lançamento do desenvolvimento Clov Fase 3 no offshore profundo do Bloco 17


A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies e seus parceiros do Bloco 17, anunciaram a decisão final de investimento de 850 milhões de dólares norte-americanos para o lançamento do desenvolvimento Clov Fase 3 no offshore profundo do Bloco 17, a 150 quilómetros da costa angolana.

O referido desenvolvimento é o primeiro a beneficiar da padronização de equipamentos submarinos no Bloco 17, através de uma inovadora estrutura contratual e de engenharia que representa uma significativa redução de custos, que beneficia o portfólio de projectos de desenvolvimento de ciclo curto nos diferentes campos do referido bloco.

“Este desenvolvimento vai maximizar a utilização da infra-estrutura Clov existente, permitindo produzir petróleo com menos custos e com menos intensidade de carbono, em linha com a estratégia da TotalEnergies, este projecto abre um novo ciclo no Bloco 17 em que a padronização de equipamentos submarinos para futuros desenvolvimentos trará uma redução de custos na ordem dos 20% e pode gerar oportunidades para manter a produção em outros FPSOs. A TotalEnergies demonstra, neste emblemático bloco, a sua liderança no offshore profundo e está a avaliar a replicação desta inovadora estratégia no seu portfólio de oportunidades de desenvolvimento tanto em instalações existentes como em novas”, disse Olivier Jouny, Director Geral da TotalEnergies EP Angola.

Para Paulino Jerónimo, Presidente do Conselho de Administração da ANPG a decisão final de investimento do Clov Fase 3, irá contribuir para que Angola mantenha os seus níveis de produção nacional, assim como para a optimização das instalações e dos recursos existentes.

“É pois, mais uma concretização, fruto de um trabalho intenso e continuado entre a Concessionária Nacional e os seus parceiros do sector. O investimento da TotalEnergies e dos seus parceiros para o desenvolvimento dos recursos petrolíferos nacionais  não é só importante como bem-vindo, uma vez que o sector petrolífero continua a ser de extrema importância para a economia de Angola e para todos os seus cidadãos”, destacou PCA da ANPG.

O desenvolvimento Clov Fase 3 é uma extensão da rede de produção submarina e a sua interligação à unidade flutuante de produção e armazenamento (FPSO) Clov, para desenvolver uma produção adicional de campos existentes que pode atingir um pico de 30.000 barris por dia, para sustentar a produção do campo Clov, iniciada em 2014.

O projecto de desenvolvimento Clov Fase 3 compreende a extensão da infraestrutura submarina e cinco novos poços em profundidades de água entre os 1,100 e 1,400 metros, com um início de produção planeada para 2024. Envolve dois milhões de horas de trabalho, das quais 1.5 milhões a executar em Angola principalmente no Lobito (estaleiro da Sonamet), e em Luanda (base logística da Sonils).

A TotalEnergies opera o Bloco 17 com uma participação de 38%, contando ainda com participações da Equinor (22.16%), Exxon Mobil (19%), BP Exploration Angola Ltd (15.84%) e Sonangol P&P (5%). O Bloco 17 tem quatro FPSOs em operação  Girassol, Dália, Pazflor e Clov.

A TotalEnergies está presente em Angola desde 1953 e é o principal operador petrolífero em Angola, responsável por cerca de 45% da produção nacional proveniente dos blocos 17 e 32 e com uma produção quota-parte em 2021 de 175 mil barris equivalentes de petróleo por dia.


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