A traição ou o “corno” como também é conhecido, são temáticas que ainda ressaltam polêmicas. O terapeuta familiar Raul Jorge, estabeleceu a diferença entre a traição e o ‘corno’, ainda abordou as consequências, e sugestões para superar essa fase difícil da vida.
Estudos etimológicos levam à cidade de Éfeso no século 2, onde o grego Artemidoro citou o termo “kérata poiein”, significando “fazer corno a, enganar um marido”. Por ser muito antiga a expressão, provavelmente tenha aparecido por analogia, onde as fêmeas de animais chifrudos (carneiro, touro, bode) vivem ao redor de um macho único, o líder. Quando esse macho perde a fidelidade de uma delas, ele se torna brigão e ciumento e coloca os chifres em posição de ataque, partindo para cima de todo mundo.
Durante entrevista recente para o programa “O momento da Blindada” do canal ZAP Viva via Skype, o terapeuta familiar e analista de perfil comportamental Raul Jorge, começou por dizer que a traição é diferente do corno, e explicou o que os diverge:
“O traído e cornudo são diferentes, apesar de comumente parecer a mesma coisa.É considerado traição quando a pessoa traída descobre, e põe um ponto final na relação. Em contrapartida, o corno quando descobre a traição, engole o golpe e continua a relação normalmente. Daí surge o termo “corno”, ele assume e coloca o par de chifres, por ser algo visível tanto para quem o possui como para a sociedade. O corno não resolve a situação, por isso o título é aplicado no presente (ele é corno), diferente do traído (ele foi traído)”, explicou.
A traição e o corno criam diversos problemas de acordo com o especialista: “baixo auto-estima, frustração, suicídio, homicídio, baixo estima, tudo isso leva o indivíduo à depressão, dor e tristeza profunda”.
Para superar a dor de ser corno, o analista de perfil recomendou que o indivíduo identificasse a dor do corno, fizesse terapia com um profissional da área, para fazer o acompanhamento na jornada.
Para finalizar, Raul Jorge esclareceu que a traição tem o mesmo impacto tanto para as mulheres como para os homens, desfazendo o considerou de ‘pensamento machista’.
“Dói para os dois, a sociedade pintou e esforçou as mulheres a aceitarem isso, pois a sociedade cria um padrão com base no falar de outros, e remetem as mulheres a superarem tudo, até o corno de forma natural”.
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