Lícia Manzo autora de “Um Lugar ao Sol” revela ter entrado em pânico ao saber que a novela estaria em horário nobre


Criadora de uma série e duas telenovelas aclamadas pela crítica especializada, Lícia Manzo já tem quase 30 anos de Globo como roteirista. Mas nenhum desafio enfrentado até aqui se compara ao que vem pela frente, na próxima segunda-feira, 8 de Novembro, data em que a autora vai estrear “Um Lugar ao Sol”. No podcast Novela das 9, lembra com bom humor a sua reacção ao ser convidada para o horário nobre e conta que criou finais alternativos para ‘driblar a pandemia’

Protagonizada por Cauã Reymond, Andréia Horta e Alinne Moraes, a história se debruça sobre os gêmeos Christian e Christofer, que se conhecem já adultos, uma vez que foram separados ainda bebês. Depois que uma tragédia tira a vida de Christofer, Christian assume o lugar do irmão.

Convidada especial do novo episódio do podcast Novela das 9, Lícia  fala das suas inspirações para o novo trabalho, faz um balanço sobre os 10 anos desde sua primeira novela, “A Vida da Gente”, opina a respeito dos impactos da pandemia no ofício de um autor e, bem-humorada, revela sua reacção ao saber que foi escalada para a principal faixa da dramaturgia.

“Quando eu terminei ‘Sete Vidas’, o Silvio de Abreu, então diretor de Dramaturgia da Globo, já tinha me convidado. A minha primeira reação foi declinar, tinha feito duas novelas das seis e falei: ‘Preciso ainda de chão’. É algo muito desafiador, muita responsabilidade, muitas coisas envolvidas (…)

Depois a autora apresentou uma outra sinopse, no começo de 2018. Já era dessa novela, mas eu não apresentou o horário, escreveu uma sinopse do que podia ser a história e se a empresa estivesse interessada ou não, aprovando ou não  e também mediante uma conversa, veriam para que horário se adequaria melhor. Então o Silvio de Abreu escreveu-lhe a dizer que gostou muito, mas seria uma novela das 9′.

“Eu não tinha mais como declinar, achei que ia ficar péssimo. Então, eu aceitei. Claro, eu fico lisonjeadíssima, pelo amor de Deus! Não é nenhum eventual esnobismo com isso, é apenas pânico. Apenas pânico! Eu falei: ‘Então tá, vamos!’. E cá estamos (risos). Mas, para mim, é muito difícil e desafiador. Não é um negócio que eu faça tranquilamente”, disse Lícia Manzo.

“A gente gravou finais alternativos justamente para poder escutar um pouco o que o público vai nos responder às histórias, essa é uma forma que a gente teve de se adiantar. Mas veio um bônus nisso. Com a história da pandemia – não que ninguém deseje isso, Deus que me perdoe, nunca mais -, a gente acabou tendo um tempo maior para a feitura da novela. Isso tanto na feitura dos capítulos quanto na direcção”, concluiu a autora.

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