O músico e produtor angolano, Nikila de Sousa, que com o tema “Cibernética”, arrebatou o prémio de “Música do Ano” da 3.ª edição da gala de premiação “Globos de Ouro Angola”, no passado domingo, 29 de Maio, no Salão Xandy Eventos, Benfica, em Luanda, desabafou durante uma entrevista cedida ao AngoRussia, sobre os conteúdos ‘ofensivos’, de certas músicas, e apelou aos artistas por mais cuidados.
Ao longo da entrevista, Nikila de Sousa fez um balanço positivo ao mercado musical que nos últimos 10 anos tem vindo a crescer em todos os campos, como a produção.
“Crescemos bastante e perdemos em algumas coisas. Porque o que se faz nos últimos 10 anos, só mostra que crescemos muito do ponto de vista de produção e outros campos, no passado era difícil fazer muitas coisas aqui dentro, e hoje já se consegue fazer música cá e a Covid veio dar este punho a todos”, começou por dizer o músico.
Nikila de Sousa, aproveitou a ocasião para falar da perda de valores de certas composições musicais que acarretam conteúdos ‘ofensivos’, que futuramente podem gerar arrependimentos aos fazedores dos mesmos.
“Perdeu-se algum cuidado nas composições, as ofensas não fazem parte da nossa cultura, acho que devemos ter cuidado, porque de facto temos família, não vamos semear uma coisa para nos arrependermos mais tarde, então vamos começar a lapidar isso para depois não correr atrás dos nossos costumes. A música faz parte de toda a educação angolana e é preciso ter esse cuidado”, disse o artista que ressaltou “Há uma geração que esta a vir e eu consigo ver que são boas, afinados e têm algum cuidado”.
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