“Falas de Orgulho” exibe história da Drag Queen Sasha Zimmer


O episódio do “Falas de Orgulho” deste sábado, 03 de Julho, vai mostar a história do  cantor e bailarino, Sasha, que vai falar sobre a mudança de nome e sobre o orgulho de poder ser quem se é,  foi através da maquilhagem e das perucas que Fábio dos Santos, nome que recebeu ao nascer, cresceu, se fortaleceu e conseguiu libertar-se.

Aos 16 anos, o menino de Limeira (SP) descobriu a arte drag queen e aos 17 já produzia-se e fazia shows pela cidade. A partir daí, a sua personagem drag, Sasha Zimmer, passou a ocupar tanto espaço na sua vida que Fábio entrou com o processo para rectificação do seu nome e foi aceite.

“Hoje eu sinto-me melhor como Sasha é um nome que pode ser tanto masculino quanto feminino, acho que combina mais comigo. Eu sou um homem gay, mas gosto de transitar entre os géneros. E o nome Sasha e a arte drag me permitem isso”, explica ele, que é um dos personagens do ‘Falas de Orgulho’.

Aos 14 anos, após assumir a sua sexualidade para a família foi levado para a igreja evangélica pela sua avó numa tentativa de que o menino se encontrasse. O que não esperava é que o encontro fosse justamente com a sua maior paixão: o entretenimento. “Como bom fã de Beyoncé e de Britney, eu aprendia a coreografia delas e colocava nas músicas de adoração. Comecei a cantar logo depois disso. Eu fazia e vendia CDs com a melodia dos hits pop, mas com letra gospel”, conta o arttsita que hoje em dia, além de bailarino, tem mais de 30 músicas e 20 clipes lançados.

Sobre a discriminação, Sasha fala da arte drag como um acto de resistência.

“Já aconteceu diversas vezes, tanto o preconceito racial quanto a homofobia. Quando me veem na rua montado, as pessoas não entendem o que é aquilo e querem ofender, olham torto. Mas sempre tentei tirar um aprendizado dessa dor. É claro que fui ferido e houve mágoas, mas sempre tive muita coragem para seguir em frente”, finaliza.

“Falas de Orgulho” mostrará a jornada de oito personagens de diferentes idades, regiões, trajectórias de vida e religiões – e por trás delas, histórias de superação, preconceito e auto aceitação, passando por temas transversais às letras que formam a sigla LGBTQIA+ – que culminam na celebração de poder ser quem se é e na exaltação dessas vozes.

O especial tem direcção artística de Antónia Prado, direcção de Washington Calegari e roteiro assinado por Carlyle Junior, com produção de Beatriz Besser. Rafael Dragaud é o director executivo e o Mariano Boni, director do género. O especial vai ao ar no dia 03 de Julho, logo após “Os Dias Eram Assim”, no Globo HD, posição 10 da ZAP.

Pode ainda aceder aos conteúdos Globo em Angola através do Globo ON, posição 72 da mesma plataforma.


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