Lisandra Francisco sobre afastamento do Angola Fashion Week “Os angolanos mesmo pagando são submissos aos brasileiros que vieram trabalhar”


A modelo da Hadja Models Lisandra Francisco, esposa do cantor angolano Cabo Snoop, resolveu tornar público o seu descontentamento com os responsáveis da organização do Angola Fashion Week 2016, por ser afastada do desfile sem quaisquer justificação, como revelou em entrevista ao programa “Viva Tarde” do ZAP Viva.

Lisandra

Inicialmente anunciada como uma das modelos a desfilar no “Angola Fashion Week 2016”, recentemente Lisandra Francisco ficou a saber que é “carta fora do baralho” para o maior evento da moda nacional, insatisfeita, a musa da Hadja Models, “apontou o dedo” a organização por diversos factores que a deixaram indignada, entre eles, o facto de ser excluída sem justificação, por terem usado a sua imagem em publicidades do evento e por estes a terem causado danos morais, uma vez que cancelou vários compromissos por alegadamente estar apenas focada no Angola Fashion Week.

Na mesma entrevista, a modelo apelou a organização que fosse mais directa com ela desde o inicio, e que tivesse a capacidade de se desculpar. Mas garantiu que o seu advogado já está a resolver a situação nos termos da lei.

Sem envolver o nome da sua agência para salvaguardar o trabalho de seus colegas que ainda fazem parte do elenco que vai desfilar nos três dias do evento, a modelo foi mais a fundo e manifestou o seu descontentamento pelo facto de praticamente serem os brasileiros a organizarem algo que segundo ela, há vários angolanos capacitados a o fazerem.

“Isto é uma chamada de atenção aos angolanos que tiveram que contratar trinta brasileiros porque acham que nós não estamos capacitados para fazer, seriam angolanos que estão a precisar pois estamos em crise, há pessoas que já trabalhavam a anos no Angola Fashion Week e foram postos de parte” lamentou. “Ainda mais nesta época de crise, estariam a ajudar muitos desempregados, usando como exemplo o São Paulo Fashion Week que os brasileiros o fazem sem precisar contratar angolanos, por isso os angolanos mesmo pagando são submissos aos brasileiros que vieram trabalhar”, realçou Lisandra.

A modelo adiantou ainda que pretende continuar a trabalhar e seguir em frente com os seus projectos pessoais, deixando bem claro que está disponível para abraçar outros projectos ligados a moda, porque acredita que “não há maior justiça do que a de Deus”.

“Deus sabe o que faz e o porque que isto aconteceu, fui alvo disto e não queria deixar passar assim”.

Apesar dos apesares, Lisandra ainda está disposta a voltar ao Angola Fashion Week 2017, mas acha que a organização não vai permitir, o que segunda ela, não a preocupa, por que não vive da moda e tem outros empreendimentos, ” isto não vai me fazer parar” terminou.


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