Filme angolano “Njinga-Rainha de Angola” estreia em Washington, EUA


O filme angolano intitulado “NJinga, Rainha de Angola”, produzido pela Semba Comunicação, estreiou sábado, no auditório do Goethe Institute, em Washington D.C.,prestigiando assim o nome da República de Angola, na capital federal dos Estados Unidos da América (EUA), soube-se domingo de fonte diplomática.

Lesliana-Pereira-Njinga

Uma nota de imprensa da Embaixada angolana nos EUA recorda que, na longa-metragem, o papel de NJinga Mbandi é interpretado pela actriz angolana Lesliana Pereira, fazendo ainda parte do seu elenco os actores Erica Chissapa, Ana Santos, Sílvio Nascimento, Miguel Hurst, Jaime Joaquim e Orlando Sérgio.

A produção executiva do filme é de Coréon Dú, Sérgio Neto e Renato Freitas e a realização de Sérgio Graciano.

O evento, uma organização da ONG americana African Diaspora International Film Festival (ADIFF), com o apoio da Embaixada de Angola nos EUA, insere-se no quadro do festival internacional de cinema da diáspora Africana que decorreu em Washington, D.C., de 21 a 23 de Agosto do corrente.

A estreia do filme angolano despertou o interesse de cidadãos americanos ligados à arte e cultura, académicos, estudantes universitários, homens de negócios, amigos de Angola, jornalistas e da comunidade residente, que lotaram por completo, o auditório do Goethe Institute, localizado no centro de Washington, e aplaudiram o filme.

A ADIFF, em actividade durante os últimos nove anos em Washington, promove uma selecção de filmes sobre a experiência de pessoas, com um forte interesse para o continente e a  diáspora africana.

Na ocasião Reinald B. Spech, Presidente da ArtMattan Productions e co-director da African Diaspora International Film Festival, parabenizou Angola pela longa-metragem e pela celebração do 40º aniversário da independência nacional.

Em representação do embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, na sua breve alocução antes da exibição do filme, o primeiro secretário da Missão Diplomática, Cândido Wilson, destacou o papel desempenhado pela guerreira angolana na luta contra o colonialismo português, defendendo durante 40 anos com tenacidade a independência dos reinos de Ndongo e Matamba.

“Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana NJinga MBandi ou Rainha NJinga foi uma raínha Ngola dos reinos do Ndongo e de Matamba, no sudoeste de África, no século XVII. O seu título real na língua nacional Kimbundo, NGola, foi o nome utilizado pelos portugueses para denominar aquela região do nosso país”, disse o diplomata.

Prestigiaram o evento, Maggie Johnson, membro do Conselho de Administração do Museu de Arte Africana, que pertence desde 1964 à instituição americana Smithsonian, e Malik Chaka, Director de Programas do Millennium Challenge Corporation (MCC), uma agência de ajuda externa inovadora e independente com forte apoio bipartidário, criada pelo Congresso dos EUA em Janeiro de 2004.

De recordar que NJinga MBandi, já foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), uma das 25 figuras femininas mais importantes da história de África.

À margem da actividade, esteve patente ao público uma amostra de artesanato angolano, preparada pela Embaixada de Angola nos EUA, numa decoração onde prevalecem o vermelho, o preto e o amarelo, as cores da bandeira nacional, bem como foram oferecidos brindes.

Os participantes tiveram a oportunidade de obter dos diplomatas da missão angolana em Washington informações sobre a cultura e história do país.


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