A cantora angolana Erika Nelumba, autora do sucesso “Arrependimento”, que disponibilizou nesta terça-feira (22), o ‘carro chefe” do seu próximo álbum intitulado “Tua”, revelou em entrevista ao AngoRussia os motivos que lhe levaram a retomar a sua carreira musical depois de quase 5 anos distante dos palcos e estúdio para concluir sua formação académica. A “Pequena grande Mulher” como também já foi chamada no passado pelos fãs, falou sobre o lançamento do seu novo Cd e da competição actual no mercado da música nacional.
Erika Nelumba começou por revelar que já pensou em desistir da carreira musical enquanto dava continuidade a sua formação académica mas pelo amor e paixão que tem por cantar lhe fez retomar as ribaltas.
“Sinceramente pensei sim em desistir, achava que a partir do momento em que terminasse a minha especialidade seria complicado continuar com a carreira musical, depois porque já tinha feito o que fazer na música. Só que o problema é que eu gosto muito de cantar é uma coisa que faz parte de mim, então decidi voltar por paixão, amor”, disse Erika.
Sem receio de conciliar a música e a medicina (sua especialidade), Erika afirmou que até agora tem sido possível por apenas encontra-se ocupada durante o dia e que caso não conseguir é sinal de que seu trabalho tem corrido bem.
” Coincidir música e medicina, na verdade é uma junção complicada como todo mundo já sabe e muitas das vezes as pessoas me perguntam como irei fazer tudo isso. Ate agora esta a ser possível tanto que o meu serviço só me ocupa no período da amanhã ate o fim da tarde e de noite tenho mais tempo onde consigo conciliar os horários, obviamente eu quero e sei que vai chegar uma altura que vai ficar complicado essa junção porque isso significa que o meu trabalho musical tem estado a correr bem sobre carris”, afirmou a autora do “Nasci para te amar”.
Acrescentou ainda que sempre conseguiu fazer isso desde altura que começou a cantar já era estudante universitária do curso de medicina e os horários eram mais complicados que agora, e o mercado angolano naquela altura não era assim tão competitivo como agora, algo que torna tudo diferente.
Erika Nelumba, afirmou que algumas músicas tem sido muito efémera, e que acabam por fazer delas um produto descartável, mas que o mercado da música tem sido muito competitivo, uma vez que competição gera qualidade.
“A música é um ramo competitivo mais que também da minha opinião as musicas têm sido muito efémera, as vezes da impressão de que elas são feitas para bater só naquele momento, e acho um pouco mal porque acabamos por fazer um produto descartável que perde a graça, mais devo reconhecer que existe boa música aquelas que ouvimos hoje e podemos ouvir dois, três ou cinco anos.
O nosso mercado musical é muito competitivo isto é óptimo, competição gera qualidade e é bom para todos nós, para quem souber olhar as coisas de forma correcta, aprender com o que os outros têm feito obviamente misturando um pouco de tudo com aquilo que é sua essência vai crescer quanto profissional neste ramo”, afirmou.
Para concluir, Nelumba parabeniza e admira o trabalho de muitas cantoras e que as mesmas servem de inspiração para si.
“Devo parabenizar e admirar o trabalho de muitas cantoras angolanas e não só, acho que estamos atingir um nível de profissionalismo muito forte e cujo o trabalho de algumas servem de inspiração e exemplo para mim”, concluiu a Erika.
Em relação as participações do seu novo álbum a cantora preferiu deixa para surpresa porque é justamente pelo resultado que quer almejar, ao longo dos dias irá anunciar tudo. Mas que em breve os seus fãs vão poder se deliciar de um Ep com seis ou sete músicas.