Bonga e Cabo Snoop aquecem Berlim, Alemanha


A música angolana foi destaque do festival de verão “WasserMusik” (Música Aquática) de Berlim (Alemanha), num programa que contou com a exibição de Bonga Kwenda e Cabo Snoop.

Bongaa

A Casa das Culturas do Mundo, na capital da Alemanha Federal, esteve ao rubro com muita música angolana, em que sobressaiu a veterania de Bonga, que durante cerca de hora e meia de espectáculo interpretou temas que ao longo dos anos foi internacionalizando, entre os quais “Mariquinha vem comigo para Angola”, “Comeram a fruta”, “Lágrima no canto do olho” e “Água rara”.

Por seu lado, Cabo Snoop, reconhecidamente um dos nomes sonantes da nova vaga de músicos angolanos, interpretou temas do seu reportório, dos quais se destacou “Windeck”, que deu nome à uma das mais recentes e bem sucedidas novelas produzidas em Angola.

O espaço de apresentação de Cabo Snoop, designado por “Batida de Angola”, foi completado pelos também angolanos Dj Nigga Fox e os Homeboyz, que abriram o espectáculo desse dia.

Entre os espectadores do festival tem estado o Embaixador de Angola na Alemanha, Alberto Correia Neto, funcionários da Embaixada e membros da comunidade angolana, além de nacionais de outros países de língua oficial portuguesa e público de vários outros países.

No festival foram exibidos dois documentários sobre o estilo musical kuduro (“Urban Motion Angola” e “I Love Kuduro”), em que o público ouviu histórias do surgimento e da evolução do kuduro, através de depoimentos de alguns dos seus intérpretes mais representativos, como Tony Amado, Sebem, Titica e Nagrelha.

Cabo Snoop

Este ano, o festival Música Aquática celebra o 40º aniversário da Revolução dos Cravos, que se assinalou a 25 de Abril. Daí a razão de terem sido convidados apenas músicos de países cujos povos se expressam em português e disponibilizados filmes desses mesmos países.

Aberto a 25 de Julho com o grupo brasileiro Daniel Nogueira & Projecto Coisa Fina, seguido da cabo-verdiana Mayra Andrade, o encerramento (16 de Agosto) estará sob responsabilidade do Conjunto Angola 70, integrado por alguns veteranos como Botto Trindade, Chico Montenegro, Tulingas, Joãozinho, Dulce Trindade, Teddy Nsingui, Gregório Mulato e Carlitos Timóteo.

“O Grande Kilapy”, do realizador angolano Zézé Gambôa, está reservado para o final da noite de 16 de Agosto. Este filme é um drama político com muito humor “negro” baseado num caso real que conta a história de Joãozinho, um jovem angolano boémio descendente de uma família rica. O actor principal deste filme, que entrou pela porta da frente em festivais em todo o mundo, é o brasileiro Lázaro Ramos.

Pelo festival Música Aquática passaram os músicos do “Fachada”, de Portugal”, Lenine & Martin Fondse Orchestra, do Brasil, Norberto Lobo e Fausto Bordalo Dias, de Portugal, os Nhambavale, de Moçambique, os África Negra, de São Tomé e Príncipe, e Kimi Djabaté, da Guiné Bissau.

De igual modo, foram exibidos os filmes “Kontinuasom”, de Cabo Verde, “Deus é Brasileiro”, do Brasil, “Tabu”, de Portugal, “A batalha de Tobató”, co-produção da Guiné Bissau e Portugal, bem como os documentários “Slam Vídeo Maputo” e “Marrabenta Stories”, ambos de Moçambique.

Por: Angop e AR


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