Está consumada a saída de José Dinis do comando técnico do Petro de Luanda. Um cenário que vinha ganhando contornos bem reais ao longo dos últimos meses, ou pelo menos era essa a leitura que se fazia do facto de o treinador ter dito que ninguém da Direção do clube o abordara ainda para a renovação do respectivo contrato.
O bom final de época realizado pelos petrolíferos, que terminou na conquista da Taça de Angola, fez pensar que poderia, afinal, haver um volte-face, mas a verdade é que não se confirmou.
José Dinis e a Direcção conversaram na passada sexta-feira. Já antes, em conversa com A BOLA, o treinador tinha dado a entender que a permanência dependeria primeiro da vontade dos dirigentes do Petro e depois de ser criada uma série de condições que lhe permitissem lutar com armas iguais com as equipas que se assumem como candidatos à conquista do título. Acabaram as partes por chegar à conclusão de que não estavam reunidos os pressupostos necessários para estender a ligação, pelo que José Dinis deixará mesmo o clube.
Uma reunião pacífica, como o treinador fez questão de nos referir. Ou, por outras palavras, uma despedida a bem, tendo ambas as partes compreendido as posições assumidas por cada uma.
José Dinis sai, por isso, sem qualquer mágoa, embora (como também fizera questão de referir ao nosso jornal) sempre tenha dito que, com as condições certas, teria todo o orgulho em ficar no Petro de Luanda. Não aconteceu. Na hora da despedida, o treinador fez questão de deixar uma mensagem para os adeptos.
«Sei que não conseguimos alcançar todos os objectivos que pretendiam. Ficámos longe do título e um clube como este quer sempre lutar para o primeiro lugar. De qualquer das formas, penso que no final da época conseguimos algumas boas exibições e terminámos com a conquista da Taça de Angola. Não é tudo, mas é alguma coisa», disse o técnico português, que faz questão de agradecer a todos aqueles que sempre apoiaram a equipa:
– Quero deixar um obrigado aos adeptos que nunca deixaram de nos apoiar.
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