O Banco Nacional de Angola (BNA) admite, no último relatório e contas, não recuperar a totalidade de um crédito de mais de 1.380 milhões de euros ao grupo da empresa de seguros estatal angolana ENSA.
De acordo com o documento, desta semana e ao qual a Lusa teve acesso, em causa está a transferência do “direito creditício da instituição financeira” sobre a ENSA — Investimentos e Participações, para o BNA, no valor total de 256.962 milhões de kwanzas (1.388 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2017), relacionado com o processo que levou à extinção, em 2014, do então Banco Espírito Santo Angola (BESA).
“O BNA decidiu registar perdas por imparidade a totalidade desta dívida a receber em 31 de dezembro de 2017, por não se ter registado nenhum pagamento da parte do grupo ENSA e por não existir uma relação direta entre o BNA e o Grupo ENSA, na recuperabilidade destes ativos”, lê-se no documento.
O Estado angolano aprovou, em 2015, a emissão de 267 milhões de euros em dívida pública para “viabilizar” a compra de ativos e contratos de crédito do extinto BESA pela seguradora estatal ENSA.
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