O documentário “Off the Beaten Track”, sobre os Buraka Som Sistema (BSS), tem estreia mundial marcada para o próximo dia 10 de Outubro em Londres, revelou fonte da produtora Enchufada.
Tal como em Londres, onde terá lugar a estreia mundial a 10 de outubro, em Berlim, Paris, Amsterdão e Leuven (Bélgica). Por enquanto, o único visionamento programado para uma sala de cinema está reservado para o Festival de Cinema de Londres, no dia 12 de outubro.
“Adeia do documentário surgiu da necessidade de mostrar o que os Buraka são e o que está por detrás da música deles”, disse João Pedro Moreira.
De acordo com Moreira, que falava na capital britânica, onde o filme foi apresentado à imprensa internacional, “muita gente ainda não percebeu bem que o mais difícil de tudo é fazer uma coisa nova e os Buraka conseguiram fazer isso, mas através de muito trabalho e de ir a muitos sítios e de conviver com muita gente diferente”.
O filme acompanha a digressão da banda durante cerca de ano e meio por países como França, Sérvia, Dubai, Índia, México ou Moçambique e mostra a curiosidade e o trabalho dos seus elementos em procurar novos sons nalguns destes países.
As únicas filmagens feitas propositadamente foram em Caracas, onde Branko (João Barbosa) esteve para visitar outros DJs e conhecer a cena musical local, Luanda, cidade onde reside a família de Conductor (Andro Carvalho) e onde este acompanha a evolução do kuduro junto de artistas e produtores, Amadora, subúrbio lisboeta onde os elementos do grupo se conheceram, e Londres, onde o grupo se encontra a gravar o próximo álbum, previsto para 2014.
Possui depoimentos de produtores e colaboradores como Skream, M.I.A., Santigold e Diplo, mas são raras as imagens antigas ou referências ao passado.
“Não quisemos fazer um documentário biográfico, quisemos durante um período de tempo filmar e mostrar o que os Buraka são”, explicou o realizador, cuja primeira colaboração foi com os BSS, em 2007, quando foi desafiado pela banda para editar um vídeoclip para o tema “Sounds of Kuduro”, com filmagens feitas em Luanda.
Em 2011, voltou a realizar o vídeo para o tema “Hangover”, trabalhos que DJ Riot (Rui Pité) considera serem emblemáticos da estética do grupo, que a banda gosta de controlar.
Para o documentário, revelou à Lusa, foram os próprios elementos que procuraram e escolheram a designer britânica Kate Moross para assinar o grafismo.
Participaram ainda na edição final, embora Riot reconheça que “90 por cento estava feito e dava arrepios na pele”.
Além de Branko, Conductor e Riot, fazem parte dos BSS Kalaf (Kalaf Ângelo) e Blaya.
Estrearam-se em disco com “Black Diamond” e, em 2011, editaram o segundo álbum, “Komba”, que conta com as participações de nomes como Sara Tavares, Kaysha, Afrikan Boy, Stereotyp, Mixhell e Bomba Estéreo.
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