Com base na votação feita na Internet, no âmbito de uma iniciativa da Plural Editores que promoveu o projecto pela primeira vez em Angola, “Crise” foi a mais votada e eleita a palavra do ano de 2016. O anúncio foi feito nesta quarta-feira(18), em Luanda.
Segundo Paulo Ribeiro, director da Plural Editores, o processo de votação contou com aproximadamente dois mil votos. “A palavra vencedora teve 31 por cento dos votos, a palavra “candando” ficou em segundo lugar, seguida da palavra “kixikila”.
O anúncio foi feito no auditório Pepetela, do Camões-Centro Cultural Português, na voz do embaixador de Portugal, João Caetano da Silva, que lembrou a riqueza cultural deste vínculo de comunicação, segundo noticiou o Jornal de Angola.
O projecto “Palavra do ano” decorreu em simultâneo em Moçambique e Portugal, e tem como objectivo sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, enquanto património vivo de todos os que nela se expressam, acentuando, assim a importância das palavras e dos seus significados.
Para a edição deste ano, 2017, a Plural Editores vai fazer o lançamento no dia 4 de Maio, em cerimónia de abertura no Camões, estando novamente disponível o site “www.palavradoano.co.ao” para a votação, e “para as pessoas deixarem as suas sugestões para a Palavra do Ano de 2017”, disse Paulo Ribeiro.
Teresa Mateus, directora do Camões-Centro Cultural Português, instituição que colaborou na organização do projecto, reconhecendo a importância da iniciativa na promoção e divulgação do português, referiu que o desafio da primeira edição serviu não apenas para acolhimento do projecto, mas também contribuiu para que se transforme numa festa da palavra em língua portuguesa.
Em Angola, a votação da Palavra do Ano 2016 decorreu até ao último segundo de 31 de Dezembro, através do site “www.palavradoano.co.ao”, e estiveram em concurso as palavras: “candando”, “crise”, “diversificação”, “esperança”, “kamba”, “kandengue”, “kínguila”, “kixiquila”, “liberdade” e “paz”. A lista de palavras candidatas a Palavra do Ano resulta do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa levado a cabo pela Plural Editores Angola, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação como nas redes sociais, tendo em consideração também as sugestões dos angolanos.