A TV Globo esta prestes a estrear a sua mais nova trama. “Velho Chico. Rio que tudo sabe, que tudo vê. Já conheceu os meus aliados, as minhas paixões (…). Mas também conhece os meus inimigos e como eu sempre os derrotei”, narra o actor Antônio Fagundes na apresentação de ‘Velho Chico’, uma história que estreia no proximo dia 15 de Março, às 21h15 e não poderá deixar ninguém indiferente.
A começar pela fotografia, passando pela qualidade de imagem em alta definição, facilmente comparável a produções cinematográficas de Hollywood, o tom de drama de época toma proporções épicas, sentidas através da realização artística de Luiz Fernando Carvalho. A partir do dia 15 de Março, às 21h15, a grandeza dessa história promete envolver o telespectador em uma jornada pelas margens do Rio São Francisco.
Novela de Benedito Ruy Barbosa, criador das inesquecíveis tramas ‘O Rei do Gado’ (1996) e ‘Terra Nostra’ (1999), e escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, a histór ia que remete à beleza das origens e da natureza. Alocad a no Nordeste brasileiro, no final da década de 60, a saga conta-nos sobre um tempo no qual as rivalidades mortais entre donos de terras e amores proibidos eram uma realidade. Patri arca, rico e ignorante, o velho Coronel Jacinto (Tarcísio Meira) é dono de quase tudo em Grotas de São Francisco e comanda, há décadas, a política e a economia local. Nem por isso ele deixa de cobiçar um pequeno, mas rico e fértil, pedaço de terra de uma família vizinha, a fazenda Pietã, do Capitão Rosa (Rodrigo Lombardi). A disputa por esse pedaço de chão torna-se o rastilho para a guerra que acaba por atravessar gerações e custar a felicidade da população da região.
Jacinto é casado com Encarnação (Selma Egrei), a matriarca da família. Marcada pela dureza do tempo, ela carrega a sofreguidão de uma mulher que chora em silêncio a morte do primogénito, o seu preferido, levado pelas águas do Rio São Francisco num dia de travessia perigosa. O único herdeiro do casal acaba por ser Afrânio de Sá Ribeiro (Rodrigo Santoro/Antônio Fagundes), que, amado pelo pai mas preterido pela mãe, havia partido para estudar fora. O jovem, apaixonado por Iolanda (Carol Castro/Christian e Torloni), uma mulher à frente do seu tempo e com quem vive uma paixão idílica, vê os seus planos mudarem quando o seu pai morre subitamente.
A partir dessa inesperada notícia, Afrânio decide anular o seu sonho de independência para se transformar na continuação do pai e se auto-intitula como Coronel Saruê. Para isso, tem de viajar e fazer o percurso de reconhecimento dos parceiros do seu pai por toda a região nordestina. É numa dessas fazendas que o desejo o cega e Afrânio acaba por não resistir aos encantos de Leonor (Marina Nery), filha de um dos fazendeiros. Ess a paixão selvagem custa-lhe uma outra decisão que o afectará para sempre: o casamento ou a morte. Casados debaixo da sombra da sua sogra, Leonor sofre rejeições por ser de uma classe mais baixa e por ter o atrevimento de carregar no ventre a filha de Afrânio, Maria Tereza (Isabella Aguiar/Julia Dallavia/Camila Pitanga).
Do outro lado da história estão os Rosa. Capitão Ernesto (Rodrigo Lombardi) é um homem de conduta honrosa, justa e com ideais humanistas. Casado com Eulália (Fabíula Nascimento), o casal não tem filhos, mas adota Luzia (Carla Fabiana/Larissa Góes/Lucy Alves) e acolhem Belmiro (Chico Diaz) e Piedade (Cyria Coentro) da seca do sertão. O casal refugiado chega em Grotas com o filho, Santo (Rogerinho Costa/Renato Góes/Domingos Montagner), fragilizado pelos dias de caminhada atravessando o sol a pino do sertão.
Ignorando a discórdia entre as duas famílias, o destino trata de ser irónico e aproximar os seus frutos, Santo e Maria Tereza. É numa procissão de São Francisco de Assis que os dois, representando São José e Nossa Senhora, atiram-se às águas do rio. Ali, Velho Chico cruza os seus caminhos e passa a guiar essa história que nunca será aceita pelas famílias rivais. Rio São Francisco, espectador desta grande saga de amor.
Só esse amor, abençoado por Velho Chico, será capaz de mudar o rumo do um destino trágico.