BNA aumenta injecção de divisas semanal para 336 milhões de dólares


A injeção de divisas nos bancos comerciais angolanos aumentou ligeiramente na última semana, para 336,4 milhões de dólares, sobretudo para garantir compras de bens alimentares no exterior, informou hoje o Banco Nacional de Angola (BNA).

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A informação consta do relatório semanal do banco central angolano sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, ao qual a Lusa teve acesso, relativamente à venda de divisas entre 23 e 27 de novembro, realizada a uma taxa interbancária média de 135,985 kwanzas (95 cêntimos de euro), inalterada há quase dois meses.

Neste período, o BNA vendeu 336,4 milhões de dólares (317,5 milhões de euros) de divisas, valor que compara com os 332,7 milhões de dólares (314,1 milhões de euros) injetados na semana anterior, um aumento pouco superior a 1%, limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central.

“Este volume de divisas destinou-se fundamentalmente à cobertura de operações de natureza prioritária”, refere o BNA, na mesma informação, tal como vem sucedendo nas últimas semanas.

Angola enfrenta uma crise financeira e económica, face à redução de receitas fiscais com o petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.

Alguns bancos angolanos limitaram, entretanto, a venda de divisas a clientes a um máximo de 1.000 dólares (944 euros) por semana.

Do total de divisas vendidas à banca, 68,2 milhões de dólares (64,4 milhões de euros) destinaram-se à cobertura de operações (compra ao exterior) de bens alimentares, assim como 28,8 milhões de dólares (27,1 milhões de euros) para operações de viagens e remessas de dinheiro ao exterior do país.

Há ainda registo de 125 milhões de dólares (118 milhões de euros) para reposição cambial nos bancos e 66,7 milhões de dólares (62,9 milhões de euros) para cobertura de necessidades gerais dos bancos comerciais.

Atualmente, e tal como nos últimos meses, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio a disparar para cerca de 270 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.

A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

Lusa


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