Sul-africanos homenageiam Mandela um ano após sua morte


O aniversário de um ano da morte de Nelson Mandela, considerado o maior líder do Continente Africano e um dos principais símbolos mundiais de luta contra a desigualdade racial, está a ser lembrado hoje em toda parte da Africa do Sul e não só.

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Para marcar a data, que também está a ser lembrada em várias partes do mundo, o governo da África do Sul, juntamente com a Fundação Nelson Mandela, realizou nesta manhã uma cerimônia nos jardins do Palácio Union Buildings, a sede do governo, aos pés da estátua do ex-presidente, de 9 metros de altura. A homenagem contou com a participação de veteranos da luta pela liberdade e de outros que lutaram com Mandela contra o regime segregacionista do apartheid. Assim como ocorreu durante os três dias do velório, há um ano, os portões do palácio também foram abertos à população.

Com rituais e orações, os sul-africanos começaram a recordar nesta sexta-feira Nelson Mandela no primeiro aniversário de sua morte com um serviço multi-religioso em uma colina de Pretória dedicada aos combatentes da luta contra o apartheid.

Queimando ervas dentro de um chifre de kudu, uma espécie de antílope, Ron Martin, chefe da comunidade khoisan, realizou ao amanhecer um ritual consagrado aos ancestrais da África do Suk, privada há um ano da figura do ex-presidente Mandela.

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Após esta cerimônia foram realizadas orações cristãs, hindus, muçulmanas, judaicas e inclusive pela comunidade rasta, seguindo um espírito ecumênico que reflete a diversidade das comunidades do país e a universalidade da luta anti-racista de Mandela.

A viúva de Mandela e antigos veteranos da luta anti-apartheid colocaram uma coroa de flores na base de uma estátua de cinco metros de um sorridente Madiba, o nome do clã pelo qual os sul-africanos chamam carinhosamente o filho favorito de sua nação.

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Depois de ficar 27 anos na prisão por sua militância contra o regime de segregação racial do apartheid, Mandela foi libertado em 1990. Após quatro anos, com a insustentabilidade do regime vigente e a realização das primeiras eleições em que os negros tiveram direito a voto, Madiba foi eleito pelo povo. Sua vitória levou à implementação da mais importante transição política dos tempos modernos, em um esforço de reconciliação das raças e refundação do país, transformando-o no “Pai da Pátria” e líder político global, levantando a bandeira da paz e também do combate a Sida, doença que atinge cerca de 20% da população adulta da África do Sul.

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