Seca e desemprego obrigam angolanos do sul a trabalharem a custo zero na Namíbia em troca de refeição


Para escapar aos devastadores efeitos da prolongada seca, desemprego e fome muitos angolanos das províncias do Cunene, Huíla e Namibe atravessaram a fronteira para a Namíbia, na luta pela sobrevivência onde sujeitam-se a trabalhos mal remunerados.

Nos últimos meses a situação de vida para os angolanos que atravessam a fronteira para escapar a fome e ao desemprego no sul de Angola, tem sido precária porque encontram-se ilegais e as fronteiras estão encerradas devido as normas aplicadas em ambos lados de combate e controlo a Covid-19.

O embaixador da Namíbia, Patrick Nandago, numa visita a Huíla para a 21ª Reunião Bilateral dos ministérios do Interior de ambos os países, em entrevista a Angop afirmou que o seu país tem as condições criadas para reabrir a fronteira com Angola e espera posição semelhante da parte angolana.

O diplomata declarou que não existe nenhum impedimento para a reabertura das fronteiras, porque tal situação não impediu que pelo menos 10 mil angolanos tenham atravessado a linha que separa os dois países de forma ilegal para fugirem aos efeitos da seca.

Tal situação tem sido também destaque na imprensa namibiana, porque milhares de jovens angolanos começam a concentrar-se nas áreas onde ainda existe oferta de trabalho, quase sempre como pastores ou empregados domésticos, muitos dos quais a trabalhar em troca de refeições, estando a gerar alguns problemas naquelas localidades o que levou as autoridades locais a optarem pelo repatriamento diário na ordem das centenas, mas a maioria não consegue trabalho.

 

Por: Anicia Gamboa

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